F1: “Por que a Red Bull não preparou Lawson como a Mercedes fez com Antonelli?”, questiona Collins

A ex-engenheira de Fórmula 1 e atual comentarista, Bernie Collins, questionou a abordagem da Red Bull Racing na preparação de Liam Lawson para sua estreia como piloto da equipe principal, comparando-a com o extenso programa de testes da Mercedes para Andrea Kimi Antonelli.

Enquanto Antonelli teve um forte início no GP da Austrália, recuperando-se do 16º lugar para o 4º em condições desafiadoras, Lawson enfrentou dificuldades e abandonou a corrida após um acidente na saída da curva 1. A grande diferença de desempenho, segundo Collins, reside na preparação dos pilotos. Antonelli recebeu um cronograma intensivo de Testes com Carros Anteriores (TPC) da Mercedes, algo que Lawson não teve a oportunidade de realizar.

“Falamos muito sobre Kimi Antonelli”, disse Collins ao programa Sky Sports F1. “Os testes que ele fez naquele carro antigo da Mercedes. Se ele estivesse fazendo o mesmo teste no carro da Williams, não estaria obtendo o mesmo resultado.”

Collins destacou a experiência anterior de Lawson na F1, tendo substituído Daniel Ricciardo em algumas corridas na AlphaTauri/RB em 2023 e 2024, totalizando onze GPs disputados, mas enfatizou que o carro da Red Bull Racing apresenta características únicas. “Falamos sobre como o carro da Red Bull é realmente difícil de pilotar. É um carro muito específico. Não é o mesmo que o da Racing Bulls”, acrescentou Collins.

A engenheira expressou sua curiosidade sobre a falta de um programa de testes semelhante para Lawson na Red Bull. “O que eu gostaria de saber, o que deveríamos ter perguntado a Christian (Horner, chefe da Red Bull Racing), é por que a Red Bull não fez um programa semelhante ao da Mercedes com Liam Lawson, ou quem quer que vá ocupar a segunda vaga? Por que ele não fez sessenta dias de teste no ano passado em um Red Bull de quatro anos atrás? Teria as mesmas características. Não há limite de teto de custos nisso. Ele poderia ter entrado no carro deste ano em uma posição muito, muito mais forte do que está atualmente”, completou Collins.

Essa crítica de Collins levanta questões sobre a estratégia da Red Bull em preparar seus jovens pilotos para a equipe principal, especialmente em comparação com a abordagem da Mercedes.