A classificação para o Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1 2025 foi marcada pelo brilho de Lando Norris, que cravou a pole position com direito a recorde absoluto da pista: 1min09s954. Essa é a primeira vez desde 2007 que a McLaren larga na frente em Monte Carlo, quebrando um jejum que vinha desde Fernando Alonso. O britânico superou Charles Leclerc, da Ferrari, por apenas 0s109.
Oscar Piastri e Lewis Hamilton completam a segunda fila do grid, em uma reversão exata das posições de largada do ano passado, quando Leclerc largou na frente com Carlos Sainz em terceiro, e os dois carros da McLaren aparecendo entre segundo e quarto lugares.
Além do destaque para a performance de Norris, que recebeu o prêmio da pole das mãos do ator sul-coreano Lee Jung-jae, famoso por seu papel na série “Round 6”, a atenção também se volta para o papel que os pneus devem desempenhar neste domingo, com base no novo regulamento esportivo específico para esta etapa.
Segundo Mario Isola, diretor da Pirelli na Fórmula 1, a escolha dos compostos para o fim de semana deve influenciar diretamente a corrida. O composto mais macio da temporada, o C6, foi o mais utilizado no sábado, mas alguns pilotos apostaram no Médio em trechos específicos da classificação, como Leclerc, Hamilton, Russell, Alonso, Colapinto, Gasly, Ocon, Sainz e Albon. Ainda que o C6 ofereça desempenho superior ao C5, a diferença é pequena — cerca de um décimo a um décimo e meio por volta — e a confiança oferecida pelo C5 ainda agrada alguns pilotos, especialmente em um circuito tão desafiador como o de Mônaco.
No TL3, a maioria dos pilotos utilizou o composto C6. Apenas Red Bull, Aston Martin e Sauber colocaram seus carros com o pneu Médio em ação. Já o composto mais duro apareceu somente para voltas de instalação, com Hamilton, Stroll, Alonso, Lawson e Hadjar seguindo essa estratégia.
A grande expectativa está no impacto das novas regras para a corrida deste domingo. Pela primeira vez em Mônaco, será obrigatório o uso de pelo menos três compostos diferentes ao longo da prova. Isso abre múltiplas possibilidades estratégicas para os 78 giros no traçado estreito do principado, onde ultrapassagens são extremamente difíceis e o timing dos pit stops pode decidir tudo.
“Sabemos o quanto as equipes são habilidosas ao explorar as brechas do regulamento, então podemos esperar surpresas, inclusive em relação ao número de voltas em cada stint”, disse Isola.
Red Bull, Racing Bulls e Sauber, por exemplo, têm apenas um jogo de pneus duros e um de médios disponíveis para a corrida, o que significa que o uso do composto C6 será inevitável em pelo menos um trecho. Isso deve deixar a gestão do desgaste ainda mais importante.
A corrida, tradicionalmente monótona em Mônaco, promete ser mais dinâmica desta vez, com a combinação de estratégia forçada, possíveis intervenções do Safety Car — bastante comuns por ali — e a presença de todos os três compostos em condições reais de uso. Com Ferrari, McLaren e até Mercedes próximas em desempenho e com estratégias distintas em aberto, o GP de Mônaco 2025 pode reservar mais do que o habitual desfile pelas ruas de Monte Carlo.