F1: Pirelli divulga estratégias de pit-stops prováveis para o GP do Azerbaijão 2024

Charles Leclerc garantiu mais uma pole position no GP do Azerbaijão, marcando sua quarta vez largando na frente em Baku. Porém, o piloto da Ferrari ainda não conseguiu converter nenhuma dessas poles em vitória na corrida pelas ruas da capital. Para alcançar esse feito, Leclerc precisará de um desempenho impecável, um carro confiável e, principalmente, da estratégia correta.

No GP do Azerbaijão do ano passado, a maioria dos pilotos optou por uma estratégia de uma parada, utilizando os pneus médios e depois trocando para os compostos duros. No entanto, um Safety Car acionado logo após as primeiras paradas alterou o ritmo da corrida, e pilotos que esperavam por uma segunda intervenção acabaram prejudicados. Este é um dos fatores que torna a corrida em Baku tão imprevisível, com a estratégia sendo ajustada a cada volta, de acordo com as condições e os imprevistos da pista.

Uma alternativa que pode surgir é começar a corrida com os pneus duros e, mais tarde, trocar para os médios. Essa abordagem oferece uma vantagem no ganho de posições quando os demais pilotos param, mas pode comprometer o desempenho na largada. Para os líderes, a expectativa é que a estratégia mais eficaz seja largar com os compostos médios e, depois, seguir para os duros, com o intervalo ideal para a troca entre as voltas 14 e 24.

F1: Pirelli divulga estratégias de pit-stops prováveis para o GP do Azerbaijão 2024
Foto: Divulgação / Pirelli

Outro fator que pode influenciar o resultado da corrida é a gestão do desgaste dos pneus. De acordo com Simone Berra, engenheiro-chefe da Pirelli, os pneus duros são mais resistentes ao superaquecimento e à degradação térmica, sendo a escolha mais segura para longos trechos. Já os compostos médios, embora menos duráveis, são consistentes para stints curtos, mas exigem um controle rigoroso do aquecimento do eixo traseiro.

Max Verstappen, líder do campeonato, pode optar por uma estratégia diferente, largando com pneus duros e mantendo-se em pista por mais tempo, com uma parada prevista entre as voltas 27 e 37. Essa abordagem pode funcionar para o piloto da Red Bull, que terá que lidar com a largada em P6, mas que já demonstrou em Monza sua capacidade de fazer essa tática funcionar.

No entanto, qualquer estratégia que não inclua os pneus médios na largada pode limitar a flexibilidade dos pilotos, especialmente se houver um Safety Car ou bandeira vermelha nas primeiras voltas, algo sempre possível em circuitos de rua como Baku. A maioria das equipes, exceto Mercedes e Alpine, guardou dois jogos de pneus duros, garantindo mais opções caso haja interrupções.

Lando Norris, largando da 17ª posição, pode tentar uma estratégia mais ousada para recuperar posições. O piloto da McLaren, que teve uma boa performance no GP do México do ano passado ao utilizar os pneus macios no início da corrida, pode optar por algo semelhante em Baku. Um primeiro stint curto com pneus médios ou até macios, seguido por duas passagens com pneus duros, pode ser a chave para ele subir no grid.

Embora as condições climáticas não tragam surpresas — sem previsão de chuva e com ventos moderados —, o GP do Azerbaijão já provou ser imprevisível por conta própria, com várias reviravoltas ao longo da prova.



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