F1: Pirelli detalha desempenho dos pneus no primeiro dia do GP de Mônaco 2025

A Fórmula 1 iniciou oficialmente as atividades de pista do GP de Mônaco 2025 nesta sexta-feira (23), e a Pirelli aproveitou para divulgar sua análise técnica sobre o comportamento dos compostos ao longo dos treinos livres. Além da performance dos pneus, os dados coletados pela fornecedora italiana ganham ainda mais relevância nesta etapa por conta do regulamento especial que exige duas paradas obrigatórias durante a corrida de domingo.

No primeiro dia de treinos, Charles Leclerc brilhou diante de sua torcida. O piloto da Ferrari, que nasceu no Principado e venceu a corrida no ano passado, terminou as duas sessões na liderança — com 1min11s964 no TL1 e 1min11s355 no TL2. Oscar Piastri, da McLaren, foi o segundo mais rápido na segunda sessão, apenas 38 milésimos atrás. Lewis Hamilton colocou a Ferrari novamente entre os primeiros, com o terceiro tempo, seguido por Lando Norris em quarto.

Todos os três compostos — duro (C2), médio (C4) e macio (C6) — foram utilizados durante os 120 minutos de treino. O C6 foi o mais usado, com 574 voltas registradas, seguido pelo C4 (427) e pelo C2 (221). A Pirelli observou que 13 pilotos já utilizaram um jogo completo de C4, o que significa que terão apenas um jogo restante para o domingo, algo que pode influenciar diretamente nas estratégias, já que duas trocas de pneus são obrigatórias por regulamento.

Simone Berra, engenheiro-chefe da Pirelli, explicou que o foco do dia foi avaliar a performance do C6, introduzido pela primeira vez no GP da Emília-Romanha, e que agora faz sua segunda aparição. “As indicações vistas em Ímola foram confirmadas hoje. O C6 é um pouco mais rápido que o C5 e, com uma ou duas voltas de resfriamento, recupera parte significativa da performance. Por ser um composto extremamente macio, é natural que os pilotos sintam menos confiança ao tentar extrair o máximo logo na primeira volta”, comentou.

Berra ainda destacou que essa característica pode incentivar o uso do pneu médio em algum segmento da classificação. “Além disso, com o regulamento esportivo especial em vigor para este fim de semana, a escolha dos pneus para a sessão de definição do grid terá um efeito significativo na corrida. Por exemplo, hoje 13 pilotos de sete equipes usaram um jogo de pneus duros, ficando com apenas um disponível para o domingo”, disse.

Cinco pilotos — Piastri, Norris, Hamilton, Hadjar e Lawson — optaram por utilizar um jogo de pneus médios em cada uma das duas sessões, estratégia que pode oferecer mais flexibilidade na prova. A combinação entre consumo de borracha e confiança na pilotagem será especialmente importante em Mônaco, onde ultrapassar é extremamente difícil e a posição no grid pode ser decisiva.

Como é típico no circuito de Monte Carlo, os tempos de volta caíram progressivamente ao longo do dia, à medida que a pista foi ganhando emborrachamento. Entre a curva 12 e a curva 3, há uma nova camada de asfalto, mas segundo a Pirelli, a principal razão para a evolução foi mesmo o ganho de confiança dos pilotos. Mesmo assim, os tempos foram ligeiramente mais lentos do que em 2024, quando Leclerc liderou o TL2 com 1min11s278.

Em relação ao desgaste, a Pirelli observou granulação nos pneus médios durante os stints longos, algo considerado normal para o traçado urbano e estreito de Mônaco. A expectativa é que, com base nas simulações e nos dados coletados, as equipes optem por combinações que minimizem o risco nas duas paradas obrigatórias — sobretudo considerando que o posicionamento estratégico e o timing das trocas podem definir o resultado final da corrida.

O desafio tático promete ser um dos grandes atrativos do fim de semana, ao lado da busca pela pole position no sábado, considerada fundamental em uma das pistas mais difíceis para ultrapassar da temporada.

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