A Pirelli divulgou às equipes da Fórmula 1 a escolha dos compostos que serão utilizados nas próximas quatro etapas do calendário 2025: Áustria, Grã-Bretanha, Bélgica e Hungria. As decisões foram tomadas em conjunto com a FIA e a organização da F1, mesclando seleções já conhecidas com mudanças significativas voltadas para ampliar as possibilidades estratégicas nas corridas.
Para os GPs da Áustria e da Hungria, a fornecedora italiana optou por manter exatamente a mesma combinação do ano anterior. As equipes terão à disposição o C3 como composto duro, o C4 como médio e o C5 como macio. Apesar da semelhança na extensão dos dois circuitos – 4,318 km para o Red Bull Ring e 4,381 km para o Hungaroring –, o comportamento exigido dos pneus em cada um é bastante distinto. Spielberg é uma pista rápida, com poucas curvas e retas longas que colocam os compostos em situação de aceleração e frenagem intensas. Já o traçado de Budapeste é travado e técnico, com uma única reta principal e poucas áreas de alívio para os pneus, embora as cargas aplicadas não sejam tão severas.
O cenário muda a partir do GP da Inglaterra. Em Silverstone, tradicionalmente palco das maiores cargas laterais da temporada, a Pirelli decidiu adotar um passo mais macio em comparação com anos anteriores. Em vez do trio mais duro da gama, a escolha agora será o C2 como duro, C3 como médio e C4 como macio. A alteração visa oferecer maior liberdade estratégica, podendo tornar viáveis tanto estratégias de uma parada quanto duas paradas, especialmente em caso de temperaturas elevadas e stints mais longos com o C3.
Para Spa-Francorchamps, que sedia o GP da Bélgica e também será uma etapa Sprint, a Pirelli optou por uma mudança importante no composto mais rígido. O C1 passa a ser o duro, substituindo o C2 utilizado nessa função em 2024. O C3 segue como médio e o C4 como macio, mantendo parte da estrutura anterior. A troca no C1 busca ampliar a janela de estratégias, embora exija atenção das equipes, já que a diferença de performance entre o novo duro e os outros compostos será maior. Quem optar por uma parada única terá que balancear desempenho e desgaste de forma cuidadosa ao longo da prova.
Compostos por etapa (duro, medio, macio):
– Áustria (C3, C4, C5)
– Inglaterra (C2, C3, C4)
– Bélgica (C1, C3, C4)
– Hungria (C3, C4, C5)