Oscar Piastri abordou com franqueza a rivalidade interna na McLaren, destacando um fator que, segundo ele, costuma ser decisivo nas corridas: quem larga na frente, geralmente termina na frente.
“Acredito que em nove de dez vezes, quem está na frente no começo da corrida vai terminar na frente também”, afirmou o australiano, ao ser questionado sobre a dinâmica da disputa com Lando Norris pelo campeonato.
Com a McLaren vivendo um momento de alta na temporada 2025 da Fórmula 1 e seus dois pilotos se consolidando como protagonistas, cresce a atenção sobre como a equipe irá gerenciar essa rivalidade. Piastri, que venceu o GP de Miami e já soma seis triunfos na carreira, comentou os desafios de ter um companheiro de equipe como principal adversário.
“Em alguns aspectos é mais difícil, em outros não”, disse ele. “Sabemos exatamente como cada um pilota. Conhecemos os pontos fortes e talvez os mais fracos um do outro. Então, por esse lado, há mais informação, mas vale para os dois lados.”
Piastri também apontou que a igualdade de equipamento elimina algumas variáveis, mas adiciona outras complexidades: “Nós sabemos que temos o mesmo carro, o que remove um fator. Mas ter o mesmo carro pode trazer os mesmos pontos fortes e fracos na pista”, acrescentou.
A visão do australiano vai ao encontro da ideia levantada por Fred Vasseur, chefe da Ferrari, que chamou a atual temporada de um ‘campeonato de classificação’, dada a dificuldade em seguir carros de perto com o atual regulamento.
Mesmo com sua vitória em Miami tendo vindo a partir da quarta posição no grid, enquanto Norris largou na primeira fila, Piastri reforça que essa foi uma exceção: “É difícil ultrapassar, então a posição inicial conta muito. Depois disso, entra a estratégia de pit stops, o que também pesa quando os dois estão no mesmo time. Há prós e contras.”
Em tom bem-humorado, o australiano ainda brincou com a rivalidade histórica entre Lewis Hamilton e Fernando Alonso na McLaren em 2007: “Estamos tentando não repetir aquilo”, finalizou rindo.
GP da Emília-Romanha