Os pais de Jules Bianchi, Phillipe e Christine, refletiram sobre as ações positivas realizadas pela ‘Fundação Jules Bianchi’, uma década após o acidente fatal sofrido pelo piloto no GP do Japão de 2014. Em 05 de outubro daquele ano, Bianchi colidiu com um caminhão de resgate durante a prova, sob condições adversas causadas pelo Tufão Phanfone, que provocou muita chuva durante a corrida. Ele sofreu graves lesões cerebrais e faleceu em 17 de julho de 2015, na cidade de Nice, sem jamais ter recobrado a consciência. Bianchi foi o primeiro piloto a falecer em decorrência de um acidente na Fórmula 1, desde Ayrton Senna em 1994.
Em homenagem ao piloto, a família fundou a ‘Fundação Jules Bianchi’, que apoia famílias que enfrentam situações semelhantes, com parentes que sofreram lesões cerebrais críticas. Phillipe Bianchi destacou a importância desse trabalho. “É a única forma de fazer com que Jules ainda exista hoje”, disse ele. “Quando Jules voltou do Japão em coma e foi internado em Nice, percebemos que havia muito a ser feito naquele hospital. Nós ainda tivemos o apoio do público, algo que muitos pais enlutados não têm.”
Christine Bianchi, por sua vez, comentou sobre o conforto proporcionado pelas melhorias de segurança implementadas na Fórmula 1 desde o acidente de seu filho, como o carro de segurança virtual e o halo, introduzido em 2018. “Essas melhorias já salvaram outros pilotos”, afirmou ela. “Isso nos dá algum conforto, pois o legado de Jules continua vivo”, acrescentou.
Além de promover a segurança na Fórmula 1, a fundação também apoia o Hospital Archet, em Nice, onde Jules foi tratado, com a compra de equipamentos para o departamento de lesões cerebrais, melhorando as condições para os pacientes e funcionários. Para a família Bianchi, o trabalho da fundação é uma forma de transformar a dor da perda em ações que possam ajudar outras pessoas e perpetuam a memória de Jules.