F1: Adrian Newey revela oportunidades que considerou antes da Aston Martin

Adrian Newey contou que pensou em deixar a Fórmula 1 depois de sair da Red Bull, mas acabou escolhendo continuar no esporte com a Aston Martin. Segundo ele, a decisão não foi nada fácil.

“Pedi demissão da Red Bull por uma série de motivos e, sinceramente, naquele momento não fazia ideia do que faria em seguida”, disse ele. “Então, foi meio que sentar, pensar sobre isso, conversar com a Mandy, minha esposa, sobre o que deveríamos fazer. As opções iam desde relaxar e curtir férias no sol, bebendo margaritas, até voltar ao trabalho. E, se fosse trabalhar, qual seria o caminho?”.

Entre as opções, Newey chegou a considerar a America’s Cup, uma competição de velas, mas o formato da competição não o agradou.

“A America’s Cup é muito interessante, é praticamente um universo paralelo. As tecnologias são todas muito semelhantes. A única coisa que não gosto na America’s Cup é que a competição só ocorre a cada quatro anos. Se o barco não estiver certo desde o início, não há tempo para consertar. Enquanto na Fórmula 1, mesmo que você não comece a temporada bem, dá pra virar o jogo. A McLaren é um ótimo exemplo disso hoje.”

Ele também falou sobre seu envolvimento com carros de rua, como o Valkyrie, feito com a Aston Martin, e o RB17 da Red Bull, que ainda está desenvolvendo. Mas não se viu seguindo nesse caminho por muito tempo.

“Carros de rua sempre foram um interesse. Eu gostei do projeto Valkyrie, estou gostando do RB17,  no qual ainda estou envolvido,” disse Newey.

“Mas acho que o que sempre amei na minha carreira é essa combinação entre homem e máquina, o esforço esportivo — o fato de que toda semana, ou quase toda semana agora, você está em evidência,” acrescentou.

“Se eu comparar isso com meus amigos da universidade que foram para a área de aeronáutica, eles estão em projetos que demoram 10 ou 15 anos para sair do papel. Não há muito retorno.
Então, senti que precisava ser algo de homem e máquina, de competição, de novo,” concluiu.

Newey começou a trabalhar, de fato, com a Aston Martin no Grande Prêmio de Mônaco deste ano, onde está completamente focado no projeto do carro de 2026, com os novos regulamentos da Fórmula 1.