A chegada de Adrian Newey à Aston Martin ainda não impactou diretamente a performance do carro na pista, mas já está gerando mudanças significativas nos bastidores da equipe. Segundo Pedro de la Rosa, embaixador da equipe e ex-piloto de Fórmula 1, o renomado engenheiro britânico tem sido um verdadeiro imã de talentos.
“O efeito Newey é real”, afirmou de la Rosa ao Soy Motor. “Desde que foi anunciado que ele viria para a equipe, houve uma mudança completa. Mais pessoas querem trabalhar na Aston Martin, não só de outras equipes, mas também de universidades.”
Para o espanhol, o prestígio de Newey atrai uma nova geração de engenheiros, ansiosa por aprender com um dos maiores nomes da história da F1. “É algo que às vezes não valorizamos o suficiente. Sempre olhamos para Newey como o criador de carros vencedores, mas para nós, os novos ‘Neweys’ que querem aprender com ele, são igualmente importantes, porque representam o futuro da Aston Martin.”
Ele destacou ainda que o sucesso de uma equipe não depende apenas das figuras de destaque. “Às vezes, focamos nos grandes nomes, mas as vitórias vêm graças a todos, os que brilham e os que ainda não são reconhecidos”, disse ele.
Além do impacto técnico, De la Rosa revelou detalhes sobre a parceria da equipe com a Honda, que passará a fornecer motores à Aston Martin a partir de 2026. Mesmo com o atual compromisso com a Mercedes, a fabricante japonesa já trabalha em estreita colaboração com o time de Silverstone.
“Trabalhamos com a Honda todos os dias. Nosso chefe de design, Luca Furbatto, interage diariamente com eles. Pela primeira vez, projetamos nosso próprio câmbio, que precisa se integrar perfeitamente ao motor”, acrescentou.
O ex-piloto continuou: “O nível de integração é tão alto que, fica difícil saber quem é da Aston Martin e quem é da Honda, pois estamos todos trabalhando como uma única equipe”, completou De la Rosa.
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