Apesar da aparência distinta em relação ao RB19, o RB20 não representa uma revolução, de acordo com o projetista-chefe da Red Bull, Adrian Newey.
“Não, de jeito nenhum. A arquitetura subjacente do carro é a terceira geração da evolução que começou como RB18. Mudamos apenas a forma como carregamos tudo, exceto os radiadores”, explicou o engenheiro britânico ao F1 Nation Podcast.
O RB20 apresenta quase nenhuma entrada de ar lateral, seguindo uma tendência similar ao W13 da Mercedes de 2022, com seu conceito ‘zeropod’.
“Mas fora a forma como carregamos tudo, o layout da suspensão dianteira, suspensão traseira, caixa de câmbio, etc., tudo é apenas a terceira evolução do RB18. A mudança visual é muito maior do que a melhora de performance que obtivemos com isso”, completou Newey.
O projetista acredita que as mudanças mais significativas, que passaram despercebidas, são as que proporcionam maior ganho de performance.
Damon Hill, ex-piloto de Fórmula 1, comparou a Red Bull a um bom detergente, eficiente em qualquer superfície. De fato, os carros da equipe tiveram bom desempenho em praticamente todos os tipos de pistas nas últimas temporadas.
“Ele (Hill) foi muito gentil, não é? É uma descrição bem precisa. É isso que tentamos alcançar: um carro que se adapte razoavelmente bem a todos os circuitos. Acho que, no ano passado, as pistas onde tivemos menos vantagem foram as de rua. Singapura, por exemplo, foi um desastre, ficamos abaixo do que poderíamos ter alcançado. Acredito que poderíamos ter conquistado pódios lá se tivéssemos nos saído melhor. Mas é verdade que esses circuitos são onde provavelmente temos menos vantagem. Desde que não sejamos um desastre neles, talvez seja o suficiente”, finalizou Newey.