A expectativa por mudanças radicais no regulamento da Fórmula 1 em 2026, reacendeu discussões sobre o retorno dos motores V10 à categoria. No entanto, para a Ford, parceira da Red Bull Racing na Red Bull Powertrains-Ford, a partir da nova era técnica, essa possibilidade não é tão simples quanto parece.
Mark Rushbrook, diretor global da Ford Performance, falou ao site Motorsport.nl sobre o futuro da montadora na F1, deixando claro que o foco está no desenvolvimento de tecnologias híbridas. “Na Ford Motor Company, acreditamos que deve haver alguma forma de eletrificação. Isso também foi parte do que nos atraiu para as regras de 2026. Trata-se do equilíbrio entre o motor a combustão e a eletrificação. Esse equilíbrio precisa ser 50/50? Não necessariamente”, afirmou.
O executivo destacou ainda que o interesse da Ford na F1, passa diretamente pela transferência de conhecimento para os carros de produção. “Queremos aprender o máximo possível sobre os sistemas híbridos e aplicar isso em nossos veículos de rua”, disse ele.
Quanto à possibilidade do retorno dos V10 com combustíveis sustentáveis, discutida no início da temporada, Rushbrook foi cauteloso. “Houve muita conversa, mas é fácil demais apenas falar em V10 ou V8. Existem muitas formas de se fazer isso. É preciso mergulhar nos detalhes para ver se algo realmente pode funcionar bem”, acrescentou.
Ele também sinalizou que esse tipo de mudança não condiz, neste momento, com a política da empresa. Segundo Rushbrook, qualquer plano nesse sentido seria algo para o longo prazo.
Sobre o futuro da parceria com a Red Bull, o dirigente foi direto: “Essa é, de fato, nossa intenção”, concluiu, reforçando o compromisso da montadora com um projeto duradouro na Fórmula 1.
GP do Canadá