Depois de deixar a suspensão traseira atualizada de lado em Mônaco e na Espanha, a Mercedes vai trazê-la de volta no Grande Prêmio da Áustria de Fórmula 1.
A peça foi criada pra resolver o superaquecimento nos pneus traseiros do W16, problema que tem atrapalhado bastante o desempenho da equipe em 2025. A estreia da suspensão traseira atualizada foi no GP de Ímola, mas os resultados foram ruins e a equipe decidiu pausar o uso por algumas corridas para analisar os dados.
No Canadá, a Mercedes trouxe a suspensão de volta e como resultado, George Russell conquistou a vitória e Kimi Antonelli conseguiu o seu primeiro pódio na Fórmula 1. Mesmo assim, Toto Wolff diz que ainda é cedo para afirmar que o novo pacote fez toda a diferença.
“Trouxemos a nova geometria traseira para aquele problema específico que tínhamos, o superaquecimento da superfície traseira”, disse Wolff. “E não tínhamos muita certeza sobre os resultados em Ímola porque foram piores do que esperávamos. Tirar (de Mônaco e Barcelona), eu acho, foi a coisa certa a fazer.”
“Levamos para o Canadá porque esperamos que a direção do desenvolvimento esteja correta. Mas, com esse regulamento, nunca se sabe se o que você desenvolve vai funcionar mesmo. A correlação tem sido difícil — pra gente e pra várias equipes,” acrescentou.
“Tem outros fatores também: cada pista é diferente, o asfalto muda… E nunca existe solução mágica que transforma um carro de pódio num carro dominante. Mas quanto mais dados a gente tem, mais a gente aprende,” completou.
O GP da Áustria será um desafio maior. O verão europeu deve trazer mais calor, e o Red Bull Ring é conhecido por chegar fácil a mais de 30°C na pista. No ano passado, a equipe experimentou uma fraqueza em temperaturas mais altas, com os pneus traseiros perdendo aderência por causa do graining.
Se a nova suspensão realmente estiver equilibrando melhor as temperaturas entre a superfície e o interior dos pneus, o W16 pode se sair melhor nas curvas rápidas do circuito, como as curvas 6, 7 e 9.
A Pirelli vai levar novamente os compostos C3, C4 e C5, o que vai permitir comparar o desempenho com o do ano passado.