F1: Mercedes atribui evolução em Singapura ao controle de temperatura e equilíbrio do W16

A vitória da Mercedes no GP de Singapura com George Russell não só marcou o retorno da equipe ao topo em 2025, mas também deixou para trás anos de dificuldades com o calor e a umidade do circuito de Marina Bay. O diretor de engenharia de pista da equipe, Andrew Shovlin, atribuiu o avanço ao trabalho contínuo da fábrica com o W16.

O resultado na pista, que foi complementado pelo quinto lugar de Kimi Antonelli, representou a melhor performance geral da Mercedes em Singapura desde 2018, quando Lewis Hamilton venceu e Valtteri Bottas ficou em quarto. Historicamente, o traçado de Marina Bay tem sido um desafio para a equipe.

O bom desempenho surpreendeu até mesmo Russell e o chefe de equipe, Toto Wolff, que não souberam explicar de imediato a súbita melhora do carro. Shovlin, por outro lado, foi direto ao comentar que o resultado foi fruto de esforços técnicos específicos: “Fazendo um grande esforço para preservar os pneus traseiros, especialmente nesses circuitos onde eles sofrem uma punição muito severa”, explicou.

George Russell (GBR) Mercedes AMG F1 celebrates his pole position in qualifying parc ferme.
Foto: XPB Images

Ele destacou ainda os desafios particulares da etapa. “O ar está muito quente em Singapura. Há também uma carga de aceleração enorme. Olhando para o ano passado, nós realmente sofremos na corrida [Hamilton e Russell terminando em quarto e sexto, respectivamente]. É bom ver o benefício de parte desse trabalho que vem sendo realizado na fábrica ao longo do desenvolvimento deste carro.”

“E esperamos estar vendo uma tendência progressiva onde, ou quando o sol está brilhando e está muito quente, ou nesses circuitos onde há muita aceleração, nós começaremos a ser competitivos.”

A equipe também introduziu uma nova asa dianteira no W16, o que contribuiu para um melhor equilíbrio e mais confiança por parte dos pilotos. Segundo Shovlin, tratou-se de um ajuste pontual: “Um pequeno ajuste para nos ajudar a acertar o balanceamento no lugar certo.”

Shovlin explicou que, além das atualizações visíveis, há um trabalho constante nos bastidores para tornar o carro mais responsivo. “Temos trabalhado na forma como o carro está lidando com a dirigibilidade, para que os pilotos não precisem usar o acelerador ao sair das curvas para continuar girando o carro.”

“Agora ele quer girar sozinho muito melhor, o que definitivamente ajuda. E também tentando isolar os pneus do calor no tambor do freio, tentando obter algum elemento de resfriamento ao redor deles. Isso, novamente, tem sido um trabalho no qual temos ‘atuado continuamente’, assim como todas as equipes. E esperamos ter obtido alguns ganhos úteis nessa área”, concluiu Shovlin.



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