F1: Mekies vê continuidade entre projetos de 2025 e 2026

O chefe da Red Bull Racing, Laurent Mekies, concordou com Max Verstappen ao afirmar que a Fórmula 1 de 2026 não representará um ‘recomeço do zero’, apesar das profundas mudanças técnicas que marcarão a nova era de regulamentos da categoria.

Com os novos regulamentos, os carros terão aerodinâmica ativa e unidades de potência com divisão igual entre energia elétrica e combustão interna, além da remoção do MGU-H. Mesmo assim, Mekies acredita que a experiência acumulada nas temporadas anteriores continuará sendo determinante para o sucesso.

“Há muitas coisas que podemos levar para 2026”, afirmou Mekies. “É um recomeço do ponto de vista do projeto do carro e da unidade de potência, mas ainda usamos as mesmas pessoas, a mesma metodologia, os mesmos processos e ferramentas para desenvolver o carro.”

Enquanto várias equipes, incluindo a atual campeã de construtores McLaren, já concentram recursos no desenvolvimento dos modelos de 2026, a Red Bull segue atualizando o RB21. A equipe busca extrair o máximo potencial do projeto atual, entendendo suas limitações antes de iniciar o próximo ciclo técnico.

“Não escondemos o fato de que é muito importante para nós desbloquear o potencial que sentimos existir neste carro. Queremos encerrar 2025 entendendo bem onde estão as limitações de nossas ferramentas, o que compreendemos e o que ainda não entendemos. Isso nos permitirá projetar um carro melhor para 2026”, disse ele.

O dirigente também destacou que o trabalho atual serve para reforçar a confiança da equipe antes da mudança de regulamentos: “Você gasta um pouco menos de tempo no carro de 2026, mas entra no novo projeto com mais confiança nas metodologias e ferramentas”, acrescentou.

Segundo Mekies, há áreas específicas em que o conhecimento poderá ser transferido diretamente entre as gerações de carros, como o comportamento dos pneus e a correlação dos dados entre simulações e pista: “Mesmo que os pneus mudem, há muitos aspectos do desenvolvimento, como as correlações e sensibilidades, que continuarão sendo relevantes”, completou.