F1: Mecânico da Red Bull comenta sobre pressão de ser companheiro de Verstappen

Max Verstappen, agora tetracampeão de Fórmula 1, já se consolidou como um dos maiores nomes da categoria. Porém, segundo Calum Nicholas, mecânico da Red Bull Racing, o talento implacável do piloto holandês tem um custo, o desgaste emocional de seus companheiros de equipe.

Nicholas, que trabalha na equipe desde 2015, revelou em entrevista ao podcast ‘Road to Success’, que correr ao lado de Verstappen é um desafio que poucos conseguem suportar. “Quando você está no limite e acha que fez a volta perfeita, ele entra na pista e tira mais um décimo e meio. Depois de um tempo, isso vai te desgastar”, disse ele.

A recente saída de Sergio Perez da equipe após a temporada de 2024, é um exemplo claro do impacto de competir ao lado de Verstappen. O mexicano terminou o campeonato 285 pontos atrás do holandês, o que selou sua saída da equipe.

Nicholas destacou que, apesar do desempenho avassalador nas pistas, Verstappen tem uma personalidade surpreendentemente amigável fora delas. “Max é um cara muito aberto e honesto, uma ótima pessoa. Mas quando fecha a viseira do capacete, ele vira um verdadeiro ‘assassino’,” descreveu o mecânico.

Com a saída de Perez, a Red Bull escolheu Liam Lawson, que disputou apenas onze GPs na F1, para ocupar a outra vaga na equipe. A decisão surpreendeu, considerando que Yuki Tsunoda, com quatro temporadas de experiência na categoria, também era uma opção.

Helmut Marko, consultor da Red Bull, justificou a escolha dizendo que Lawson tem a força mental necessária para lidar com o ambiente de alta pressão da equipe e aprender ao lado de Verstappen. “Lawson tem o maior potencial de desenvolvimento e a mentalidade certa para essa função. Max é imbatível no momento, mas Lawson pode crescer muito ao seu lado”, afirmou Marko.

Enquanto isso, Tsunoda permanece como o principal piloto da Racing Bulls, que correu como RB até este ano, e Isack Hadjar, vice-campeão da Fórmula 2 em 2024, será promovido à equipe júnior da Red Bull na próxima temporada.

Com Verstappen em uma fase praticamente inatingível, a grande questão para 2025 será se Lawson conseguirá enfrentar o desafio único de ser companheiro de equipe do tetracampeão e contribuir para manter a Red Bull no topo.



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