A Fórmula 1 chegou a Silverstone para a 12ª etapa da temporada 2025, e os primeiros sinais da pista revelam uma disputa intensa pela vitória no GP da Inglaterra. Com Lewis Hamilton e Lando Norris liderando as sessões de sexta-feira, as análises de ritmo indicam McLaren e Ferrari como os principais nomes a serem observados — mas com Red Bull, Mercedes, Racing Bulls e Aston Martin também no radar, a briga pela vitória promete ser imprevisível.
Após vencer na Áustria, Lando Norris voltou a mostrar força em casa. O britânico marcou o melhor tempo do dia com uma volta que ele mesmo classificou como “muito forte” usando pneus macios durante as simulações de classificação. Ainda assim, Norris reconheceu que a Ferrari mostrou velocidade impressionante, tanto nas voltas rápidas quanto nos stints mais longos, especialmente nas curvas de alta velocidade de Silverstone.
Apesar da cautela verbal de seus pilotos, os dados de simulação colocam a McLaren na frente entre os favoritos. A equipe inglesa se destaca nas curvas lentas e, fora a Red Bull, é a mais veloz nas retas. Segundo Norris, “a volta foi boa, mas ainda não saiu com a fluidez que eu gostaria”, indicando que há margem para evolução até o sábado.

No entanto, a Ferrari pode surpreender. Com uma atualização significativa no assoalho introduzida no GP da Áustria, a equipe italiana mostrou evolução. Charles Leclerc e Lewis Hamilton andaram entre os primeiros colocados nas duas sessões de sexta, com Hamilton se mostrando visivelmente mais animado do que nas últimas etapas. “Foi um dia muito bom”, comentou o heptacampeão.
Ainda assim, há trabalho a ser feito. Embora o ritmo de corrida da Ferrari tenha sido sólido, os dados apontam para um desgaste acentuado dos pneus após as primeiras voltas. O gerenciamento de pneus será, portanto, um ponto-chave para a escuderia italiana se quiser sonhar com a vitória no domingo — algo que Hamilton certamente almeja para tentar repetir o feito do ano passado, quando venceu de forma surpreendente com a Mercedes.

Quem não começou o fim de semana em clima de festa foi Max Verstappen. O holandês chamou o dia de “bastante ruim”, alegando falta de equilíbrio no RB21. Embora os tempos de volta rápida tenham deixado a Red Bull apenas na quarta posição geral, o ritmo de corrida da equipe foi consideravelmente melhor, colocando-a como segunda força nas simulações. Verstappen usou um pacote de baixa carga aerodinâmica e o novo upgrade do carro — novidade que Yuki Tsunoda só receberá na próxima etapa.
Na Mercedes, os problemas persistem com temperaturas elevadas, como as registradas no TL1 e TL2. Os long runs foram especialmente desafiadores, com a degradação de pneus se mostrando alta. Mas os dados são mais animadores do que os tempos puros: a equipe alemã aparece em segundo lugar na simulação de classificação e em terceiro no ritmo de corrida, o que, combinado com a previsão de tempo mais frio e possibilidade de chuva, pode recolocá-la na disputa direta pela vitória.

Além das equipes tradicionais, Racing Bulls e Aston Martin também se destacaram. Liam Lawson e Isack Hadjar estiveram entre os dez primeiros nas duas sessões e mostraram consistência com os compostos médio e macio. A equipe foi uma das mais eficientes no cuidado com os pneus durante as simulações de corrida.
Do lado da Aston Martin, o otimismo é grande após a introdução do último grande pacote de atualizações da temporada. Lance Stroll impressionou com sua performance no TL2 e, segundo os dados, a equipe figura entre os cinco primeiros tanto na simulação de classificação quanto na de corrida. A expectativa é de uma disputa direta com a Racing Bulls por vagas no Q3 e pontos no domingo.
Com tantas variáveis em jogo e a previsão de tempo instável para o fim de semana, o GP da Inglaterra de Fórmula 1 2025 promete ser um dos mais imprevisíveis do ano — e com potencial para surpreender desde o sábado até a bandeirada final no domingo.