F1: McLaren faz história com 50ª dobradinha e Mercedes atinge 300 pódios

O Grande Prêmio da China de Fórmula 1, realizado neste domingo (23), entregou não apenas um domínio absoluto da McLaren na pista de Xangai, mas também uma série de marcos históricos e estatísticas curiosas que já começam a moldar a temporada 2025 como uma das mais imprevisíveis e movimentadas dos últimos anos.

Com Oscar Piastri liderando de ponta a ponta e Lando Norris consolidando a dobradinha logo na primeira curva, a McLaren conquistou sua 50ª dobradinha na história da F1 — a primeira desde que Bruce McLaren e Denny Hulme garantiram o feito no GP do Canadá de 1968. A equipe britânica também emplacou sua terceira vitória consecutiva, algo que não acontecia desde 2012, com triunfos consecutivos na Hungria, Bélgica e Itália.

Piastri, autor da pole e do controle total da prova, conquistou sua terceira vitória na categoria e segue em uma impressionante sequência de 28 fins de semana consecutivos somando pontos — a maior entre todos os pilotos do grid atualmente. Já Norris repetiu o segundo lugar alcançado em Xangai na temporada passada e assumiu a liderança do Mundial de Pilotos, abrindo oito pontos de vantagem sobre Max Verstappen, que finalizou em quarto após ultrapassar Charles Leclerc nas voltas finais.

O terceiro colocado, George Russell, além de subir ao pódio em provas consecutivas pela primeira vez desde a temporada 2022 (GP da Holanda e GP da Itália), ainda cravou o 300º pódio da Mercedes como equipe na Fórmula 1.

Outros desempenhos notáveis também marcaram o fim de semana chinês. Esteban Ocon, com o quinto lugar, alcançou o melhor resultado da história da Haas em Xangai. O francês, aliás, havia sido o piloto mais lento da classificação no GP da Austrália. Seu resultado também coroou um grande domingo da equipe norte-americana, que teve Oliver Bearman em oitavo, garantindo pontos com os dois carros pela primeira vez no ano — após ambos terminarem no fim do grid em Melbourne.

A Mercedes também teve motivo para comemorar com Andrea Kimi Antonelli. O italiano de apenas 18 anos finalizou em sexto, somando pontos nas duas primeiras corridas de sua carreira na F1. Antonelli e Bearman protagonizaram uma raridade: dois adolescentes marcando pontos na mesma corrida, algo que só havia acontecido em Monza 2017, quando Max Verstappen e Lance Stroll chegaram entre os dez primeiros.

A Williams também viveu um momento especial. No dia do seu aniversário, Alexander Albon liderou brevemente a corrida e se tornou apenas o nono piloto da história a liderar um GP em seu próprio aniversário. Ele terminou em sétimo, garantindo ainda que a Williams liderasse voltas em uma corrida pela primeira vez desde o GP da Inglaterra de 2015, quando Felipe Massa e Valtteri Bottas ocuparam a ponta por algumas voltas em Silverstone.

Na Sauber, o brasileiro Gabriel Bortoleto mostrou evolução em sua segunda corrida na F1. O estreante completou a prova em 14º, à frente do companheiro Nico Hülkenberg por 9,4 segundos. Bortoleto também superou uma rodada ainda na primeira volta, recuperou ritmo e terminou à frente do alemão após uma corrida consistente e solitária.

Por outro lado, Fernando Alonso continua com uma temporada para esquecer. O espanhol da Aston Martin abandonou com suspeita de falha nos freios e segue como o único piloto do grid a não ver a bandeira quadriculada em 2025, após dois abandonos em duas etapas.

A próxima parada da Fórmula 1 será em duas semanas, entre os dias 4 e 6 de abril, com o GP do Japão em Suzuka, terceira etapa da temporada.

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