Helmut Marko, consultor da Red Bull Racing, minimizou a declaração do chefe da equipe, Christian Horner, sobre a possibilidade do time tentar contratar George Russell da rival Mercedes para a temporada 2026 da Fórmula 1.
A Red Bull enfrenta um desafio para preencher a segunda vaga ao lado de Max Verstappen desde a saída de Daniel Ricciardo em 2018. O retorno de Ricciardo na última temporada tinha como objetivo avaliar se o australiano poderia recuperar o nível necessário para voltar ao posto que deixou vago.
No entanto, os resultados modestos de Ricciardo neste ano levaram a RB a anunciar na semana passada que Liam Lawson ocupará seu lugar no restante da atual temporada, o que praticamente encerrou a carreira do australiano na F1. A incapacidade de Ricciardo de garantir a vaga deixou a Red Bull sem sua opção mais óbvia caso optasse por uma troca de pilotos para lidar com as muitas dificuldades atuais de Sergio Perez.
Horner, porém, chegou a afirmar que a Red Bull está disposta a buscar fora do próprio programa de desenvolvimento de pilotos e mencionou o nome de George Russell, da Mercedes.
“Queremos apenas avaliar como são essas opções para o futuro, e não temos medo de sair do nosso programa”, disse Horner à Sky Sports F1. “O contrato de George termina no final do próximo ano. Seria loucura não levar isso em consideração. Existem outros pilotos talentosos que também podem estar sem contrato.”
A vaga de Russell poderia surgir caso Toto Wolff, chefe da Mercedes, consiga atrair Max Verstappen para a equipe alemã. Embora Marko tenha elogiado o desempenho de Russell em comparação com o heptacampeão Lewis Hamilton, o austríaco indicou que o britânico não está no radar da Red Bull.
“Russell está no mesmo nível de Hamilton nas sessões de classificação, se não for mais rápido”, disse Marko ao Motorsport.com. “Mas ele está ligado à Mercedes, e agora acho que temos que nos concentrar em nossos juniores”, finalizou o austríaco.
Esse desencontro de informações dentro da Red Bull, pode significar duas coisas: Uma tentativa de desestabilizar a Mercedes, ou ainda, simplesmente que os problemas e disputas internas na Red Bull continuam acontecendo de maneira intensa, o que pode ajudar a explicar a queda no desempenho da equipe.