F1: Liuzzi culpa Berger por sua saída “confusa” da categoria

Vitantonio Liuzzi, ex-piloto da Red Bull Racing e da Toro Rosso (atual Racing Bulls), atribuiu sua saída da Fórmula 1 a Gerhard Berger, ex-piloto da categoria e ex-coproprietário da Toro Rosso. Segundo Liuzzi, Berger teria influenciado sua demissão em favor de Sebastien Bourdais.

Liuzzi, que correu pela Red Bull em 2005 e pela Toro Rosso de 2006 a 2007, afirma que sua carreira estava em ascensão dentro da equipe, mas que a chegada de Berger mudou tudo. “Foi um pouco confuso na época, porque quando eu estava na Red Bull, pensei que toda a minha carreira seria com eles, porque eu estava me conectando perfeitamente com a marca e era uma grande família”, disse Liuzzi ao podcast Inside Line.

O italiano alega que Berger, que era coproprietário da Toro Rosso na época, tinha ‘seus próprios interesses em relação a outros pilotos’, se referindo a Bourdais, que era apoiado por Berger e Nicolas Todt. “Ele estava apoiando Bourdais junto com Nicolas Todt e foi por isso que ele começou a pressionar”, afirmou.

Liuzzi também mencionou que, em seu último ano na Toro Rosso, Dietrich Mateschitz, cofundador da Red Bull, decidiu colocar Sebastian Vettel no lugar de Scott Speed. “Eu fiz uma super temporada, porque fui super competitivo na segunda parte daquela temporada, também quando Vettel era meu companheiro de equipe, mas Berger tinha ideias diferentes”, disse ele.

Apesar de ter tido um bom desempenho e acreditar que sua posição seria confirmada para 2008, Liuzzi afirma que Berger tinha ideias diferentes para o futuro. “Então, no final, mesmo que eu estivesse bastante certo de que minha posição seria confirmada para 2008, porque em termos de ritmo, consistência, gerenciamento, trabalhar junto com a equipe, foi um ano realmente ótimo, Gerhard tinha ideias totalmente diferentes, digamos, para o futuro. Então, de uma forma não muito agradável, acabamos nos separando devido a Gerhard”, acrescentou.

O italiano também revelou que considerava Mateschitz ‘como um pai’ e que se sentiu impossibilitado de expressar suas preocupações sobre Berger, devido à relação próxima entre os dois. “Foi meu ponto de ruptura com a Red Bull, porque se não, acho que teria ficado com a Red Bull por toda a minha carreira, porque o Sr. Mateschitz realmente acreditava em mim e era o mesmo para mim em relação à equipe. Ele era como um pai para mim. Foi muito bom trabalhar com eles. Mas Gerhard foi o elo de ruptura na época. É uma longa história, a maneira como ele fez, mas não foi da maneira mais agradável e da maneira mais limpa, mas é assim que é quando você está em um esporte tão grande. Você tem que lutar com todos os tipos de situação. Fiquei muito irritado com essa situação, que nem sequer pude ir e dizer ao Sr. Mateschitz, porque obviamente eles eram parceiros por muitos anos”, completou Liuzzi.