A Itália tenta segurar a Fórmula 1, que vem dando preferência para novos países em detrimento das corridas tradicionais na Europa. Ímola, que sedia a próxima etapa do campeonato, precisa renovar seu contrato com a Liberty Media, dona da categoria.
Durante reunião com investidores, Greg Maffei, CEO da Liberty Media, admitiu que limitar o calendário a 24 GPs criou uma ‘grande escassez de incentivos’ em meio ao crescente interesse de novos anfitriões.
“Conseguimos encontrar preços atrativos e bons aumentos financeiros”, disse ele. “Então, até agora, a promoção está indo bem.”
Ímola retornou ao calendário da F1 durante a pandemia. O circuito, que sediará a corrida no próximno final de semana, tem contrato válido somente até 2025.
“Obviamente, há algumas discussões a serem feitas com a Fórmula 1”, disse Angelo Sticchi Damiani, chefe do Automóvel Clube da Itália (ACI), à imprensa local.
“A situação é complexa, mas o primeiro pequeno passo adiante, seria recuperar a corrida de 2023 para 2026”, afirmou ele, referindo-se ao cancelamento da prova no ano passado devido a enchentes em toda a região.
“Então, tudo depende muito do que acontecerá na Europa nos próximos dois ou três anos”, acrescentou Sticchi Damiani. “Há mudanças em andamento, novos candidatos, e alguns estão em risco. O panorama não é apenas nacional, é internacional e especialmente europeu. É claro que quando falam em tirar GPs da Europa, pensamos naturalmente em países que têm duas corridas”, acrescnetou.
A F1 corre atualmente duas vezes na Itália por ano, incluindo Monza. Mas Sticchi Damiani diz que Ímola está determinada a resistir a um possível corte.
“Stefano Domenicali (CEO da F1) sabe o quanto estivemos disponíveis durante a pandemia, ajudando a garantir a pontuação normal na F1. Em tempos de necessidade, estivemos lá. Por outro lado, devemos tentar ser competitivos tanto em termos de oferta quanto de hospitalidade”, finalizou.
Stefano Bonaccini, presidente da região local da Emilia-Romagna, também se mostrou confiante: “Disseram-nos que trazer a F1 de volta era impossível. Disseram-nos que o ‘Tour de France’ era impossível. Disseram-nos que a ‘Davis Cup’ era impossível. Tenha certeza de que o GP vai permanecer em Ímola”, concluiu.