Christian Horner, chefe da Red Bull Racing, rejeitou veementemente as sugestões de que sua equipe deveria começar a se concentrar em 2026, considerando que 2025 poderia ser ‘um ano da McLaren’, como já foi afirmado por algumas pessoas.
A Red Bull apresentou um carro com o qual até mesmo o tetracampeão Max Verstappen tem enfrentado dificuldades nas duas primeiras corridas da temporada, na Austrália e na China. Essas dificuldades levaram Horner a realizar uma troca de pilotos, substituindo Liam Lawson por Yuki Tsunoda devido ao desempenho abaixo do esperado do neozelandês.
Mesmo com esses problemas, Verstappen ocupa a segunda posição no campeonato de pilotos, a oito pontos do líder Lando Norris, da McLaren. No entanto, a Red Bull já está 42 pontos atrás da McLaren no campeonato de construtores.
Questionado pelo ex-piloto de Fórmula 1 e atual comentarista da Sky Sports F1, Karun Chandhok, se a Red Bull corrigiria as deficiências de desempenho de seu carro este ano ou se já considerava que ‘este é um ano da McLaren, tendo que focar em 2026’, Horner respondeu com desdém.
“Foram apenas duas corridas! Não podemos ser tão derrotistas! Estamos oito pontos atrás no campeonato de pilotos após duas corridas, e há tudo para jogar. Se nada mais, o que o ano passado nos ensinou é que você pode começar tão forte quanto quiser. O importante é como você termina o ano”, disse Horner.
Essa declaração foi uma referência ao fato de que Verstappen parecia estar em ritmo de cruzeiro após vencer quatro das primeiras cinco corridas no ano passado, mas conquistou apenas duas vitórias nas últimas catorze etapas, enquanto enfrentava a ameaça de Norris.
Horner reconhece, no entanto, que o desempenho do RB21, que está lutando com problemas de equilíbrio, está se mostrando um grande obstáculo, e que são as habilidades de Verstappen que estão extraindo resultados do carro.
“Temos grande profundidade em nossa equipe”, disse Horner. “Todos em nossa empresa sabem que temos um pouco de ritmo para encontrar. Temos as ferramentas, temos as pessoas para fazer isso. É apenas decifrar o problema. Obtivemos alguns dados muito bons no GP da China. Max está trabalhando mais do que eu já o vi fazer antes. Ele está mais integrado ao grupo de engenharia do que eu já tinha visto. Como ele disse, ele parece estar gostando desse aspecto, então não está ficando super estressado. Claro, como qualquer piloto, ele está impaciente por desempenho, mas está trabalhando com os engenheiros para dizer: ‘Ok, e isso? Isso é o que estou experimentando como piloto. É aqui que preciso do tempo de volta’. E essa é a única maneira, coletivamente, de obtermos desempenho”, completou Horner.