A Red Bull Racing defende uma mudança nas regras de motores previstas para a Fórmula 1 a partir de 2026, e espera que a FIA avalie a possibilidade de uma alteração ainda nesta semana, antes da definição final do regulamento técnico.
Para 2026, as novas regras atuais preveem uma divisão de potência equilibrada, com 50% gerada pelo motor a combustão e 50% proveniente do sistema elétrico. No entanto, Red Bull Powertrains-Ford, Ferrari, Audi e Honda, manifestaram preocupações quanto à eficácia dessa configuração. Algumas equipes temem que as baterias não ofereçam potência suficiente, obrigando os pilotos a economizar energia nas retas.
Enquanto a Mercedes, através de Toto Wolff, se mostra satisfeita com o rumo atual do regulamento, Christian Horner, chefe da Red Bull e responsável pelo projeto de motorização da equipe, vê a necessidade de ajustes.
“A Mercedes parece confiante com o trabalho que fez para o próximo ano. Isso é algo que pedimos para ser avaliado há dois anos, e não foi colocado em pauta agora por nossa iniciativa. A FIA fez seu trabalho de pesquisa”, disse Horner. “Eles querem desesperadamente evitar que os pilotos precisem desacelerar durante os GPs, o que seria ruim para o espetáculo e frustrante para os pilotos. Se essa revisão está sendo feita em nome do esporte, então é algo que devemos apoiar”, afirmou.
Horner também alertou para um possível problema relacionado à evolução aerodinâmica dos carros. “Quanto mais rápido o carro fizer as curvas, maior será o problema. Os projetistas sempre vão além do que a FIA prevê, e isso só agrava a situação. A proposta de um sistema de ‘push to pass’ durante as corridas, parece bastante razoável. Idealmente, deveríamos ter discutido isso há dois anos, mas ainda faltam dez meses para a estreia desse regulamento, então não vejo isso como um grande obstáculo”, encerrou o chefe da Red Bull.
Qualquer mudança considerada agora, não envolveria alterações no hardware dos motores. A revisão seria apenas nos percentuais entre combustão e energia elétrica. Outra opção seria limitar a potência da bateria durante as corridas, o que parece menos provável. Também não está descartada a manutenção do novo regulamento, da maneira como está.