A presença de veículos de resgate na pista durante o GP da Austrália gerou preocupações entre equipes e fãs da Fórmula 1. Apesar de protocolos estabelecidos para evitar esse tipo de situação, as condições caóticas da corrida em Albert Park resultaram em momentos de tensão com guindastes e fiscais trabalhando enquanto os carros ainda circulavam. O chefe da Red Bull Racing, Christian Horner, expressou surpresa com a decisão e acredita que a questão precisa ser revisada.
O regulamento da F1 prevê que veículos de resgate só entrem na pista quando não houver riscos para os pilotos, principalmente em condições de pista molhada. No entanto, durante a corrida em Melbourne, três safety cars foram acionados, e em pelo menos uma dessas ocasiões, carros de resgate estavam em atividade ao mesmo tempo em que os monopostos ainda tentavam se reagrupar.
“Não é nada agradável ver veículos de resgate na pista quando os carros ainda estão circulando, especialmente quando há pilotos tentando fechar o pelotão”, afirmou Horner, ao ser questionado pela imprensa, incluindo o F1MANIA.NET. “Imagino que isso será analisado mais de perto.”
Apesar da preocupação, Horner ressaltou que a FIA informou as equipes sobre a presença dos guindastes e cabia a elas repassar essa comunicação aos pilotos. “Eles nos avisaram que fariam isso, e então ficamos responsáveis por comunicar os pilotos”, disse o chefe da Red Bull. “Mas quando a pista está úmida e vemos até pilotos experientes rodando, fica claro que qualquer detalhe pode se tornar um problema sério.”
Horner finalizou sua análise levantando um ponto de discussão sobre a segurança e a continuidade das corridas sob essas condições. “Às vezes você se pergunta: ‘será que não deveríamos simplesmente interromper a prova e fazer um reinício?’”.
A FIA ainda não se pronunciou oficialmente sobre o incidente, mas o episódio reabre um debate sensível sobre segurança, principalmente após tragédias como a de Jules Bianchi no GP do Japão de 2014, quando o francês colidiu com um guindaste na pista e sofreu ferimentos fatais. A expectativa é que a federação analise os procedimentos adotados em Melbourne e avalie ajustes para evitar riscos semelhantes nas próximas etapas da temporada.
O F1MANIA.NET acompanha o GP da Austrália ‘in loco’ com o jornalista Rodrigo França.