A Fórmula 1 segue acompanhando de perto os desdobramentos da nova diretriz técnica emitida pela FIA após o Grande Prêmio da Austrália. A medida, que restringe ainda mais a flexibilidade permitida das asas traseiras sob carga, já entrou em vigor no GP da China, e foi tema de discussão na coletiva de chefes de equipe em Xangai. Christian Horner, chefe da Red Bull Racing, comentou sobre a nova regra e como as constantes mudanças técnicas se tornaram rotina na categoria.
A FIA determinou que o limite de flexão da asa traseira, que anteriormente era de 2 milímetros, agora passa a ser de apenas 0,5 milímetro sob carga, com uma tolerância de 0,25 milímetro válida apenas para o fim de semana em Xangai, devido ao curto prazo entre a emissão da diretriz e a realização do evento. A mudança gerou especulações de que teria sido motivada por imagens do carro da McLaren apresentando comportamento suspeito na parte traseira em trechos de alta velocidade.
Questionado sobre o impacto da nova diretriz durante a coletiva oficial da FIA, Christian Horner afirmou que vê a ação como parte do papel da entidade reguladora. “É função deles fiscalizar esse tipo de situação. Eles viram coisas com as quais não ficaram totalmente satisfeitos na última corrida, e por isso decidiram agir, como é de seu direito”, disse o britânico aos jornalistas presentes no circuito de Xangai.
Apesar de muitos apontarem a McLaren como o principal alvo da nova diretriz, Lando Norris afirmou recentemente que sua equipe não precisou fazer nenhuma alteração na asa traseira do MCL39 após Melbourne. O piloto também insinuou que outras equipes podem ter sido o foco real da intervenção da FIA.
Horner, por sua vez, evitou apontar diretamente quais times podem ser mais afetados, mas reconheceu que esse tipo de ação costuma provocar mudanças no equilíbrio de forças. “O que isso causará na hierarquia do grid, sinceramente, não sei dizer”, admitiu.
O chefe da Red Bull ainda destacou que a frequência de novas diretrizes técnicas tem aumentado nos últimos anos, o que, segundo ele, já se tornou parte da dinâmica da Fórmula 1. “Hoje em dia, é quase uma constante. As diretrizes técnicas estão surgindo praticamente toda semana”, concluiu.
O impacto da nova regra poderá ser observado já neste sábado com a realização da Sprint do GP da China. Com um grid competitivo e mudanças técnicas sendo implementadas rapidamente, o fim de semana promete oferecer mais uma amostra do equilíbrio — ou não — entre as principais forças do campeonato de 2025 da Fórmula 1.