Damon Hill, ex-piloto e campeão da Fórmula 1 em 1996, manifestou seu apoio à candidatura de Susie Wolff à presidência da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), em um possível desafio a Mohammed Ben Sulayem.
A tensão entre Wolff, diretora administrativa da F1 Academy, e a FIA aumentou no final de 2023, quando o órgão regulador iniciou uma investigação, baseada em uma suposta queixa de uma equipe de F1. A investigação buscava determinar se o casamento de Susie com Toto Wolff, chefe da equipe Mercedes, representava um conflito de interesses. No entanto, após declarações de apoio das nove equipes restantes da F1, a investigação foi encerrada.
Segundo relatos, Susie Wolff apresentou uma queixa criminal contra a FIA, e tanto ela quanto seu marido condenaram as ações de uma investigação ‘infundada e sem transparência’.
A publicação italiana Autosprint sugere que essa disputa pode estar relacionada à possível candidatura de Wolff à presidência da FIA, com Ben Sulayem buscando um novo mandato nas eleições de dezembro deste ano. A Autosprint especula que a investigação sobre os Wolff pode ter sido uma forma de Ben Sulayem reconhecer a possibilidade da candidatura de Susie Wolff.
Em resposta aos relatos de que Susie está se preparando para concorrer à presidência da FIA, Hill, atual comentarista de F1, demonstrou seu apoio à possível candidatura de Susie ao cargo e escreveu no Instagram: “Ela seria perfeita”.
A possível candidatura de Wolff surge em um momento em que a participação feminina no automobilismo está em ascensão. A Forbes revelou que o público feminino entre 16 e 24 anos é o segmento de crescimento mais rápido na F1, com 41% do total de fãs sendo mulheres.
Susie tem sido uma defensora de mudanças no automobilismo, buscando equilibrar a participação de gênero. Ela é a última mulher a participar de uma sessão de F1 (quando ainda era piloto reserva na Williams, em um treino em 2014) e como diretora administrativa da F1 Academy, categoria exclusivamente feminina que tem o apoio das dez equipes da F1 e de várias marcas globais.
Wolff não está sozinha em sua luta pela representação feminina no automobilismo. A Iron Dames e a More than Equal são outras iniciativas que apoiam atletas femininas em diversas categorias. A possível eleição de Wolff para a presidência da FIA poderia acelerar algumas mudanças nesse sentido no automobilismo.