Lewis Hamilton descartou qualquer atrito interno com a Ferrari após as mensagens de rádio mais ríspidas durante o GP de Miami de Fórmula 1. O britânico se mostrou frustrado durante a corrida ao considerar que a equipe demorou para pedir que Charles Leclerc o deixasse passar, num momento em que ele sentia ter ritmo superior ao do companheiro de equipe.
“Perdemos muito tempo naquelas voltas em que Charles e eu estávamos nos passando, e eu estava claramente mais rápido naquele momento. Achei que a decisão demorou para ser tomada”, disse Hamilton, que minimizou o episódio logo após a prova. “Com certeza, naquela hora você pensa ‘vamos lá!’, mas é basicamente isso. Não tenho problemas com a equipe nem com Charles.”
Após a corrida, o chefe da Ferrari, Frédéric Vasseur, foi conversar com Hamilton, que revelou como a situação foi resolvida nos bastidores. “Fred veio até meu quarto, coloquei a mão no ombro dele e disse: ‘cara, calma, não leva tão a sério’. Eu poderia ter dito coisas bem piores no rádio. Algumas falas foram apenas sarcasmo.”
Hamilton também destacou o contexto emocional das corridas. “É preciso entender que estamos sob enorme pressão dentro dos carros. Você nunca vai ouvir as mensagens mais calmas possíveis no calor da disputa”, acrescentou.
Para o britânico, esse episódio é reflexo de sua motivação contínua e da frustração com o desempenho do carro. “Eu só quero vencer. Ainda tenho esse fogo dentro de mim. Senti ele vindo à tona ali, e não vou pedir desculpas por ser um competidor. Não vou pedir desculpas por ainda querer isso, e sei que todo mundo na equipe também quer.”
Confiante na recuperação da Ferrari, Hamilton continuou: “Acredito de verdade que, quando resolvermos alguns problemas do carro, voltaremos à briga e isso não pode demorar”, finalizou o heptacampeão.