A vitória de Lando Norris no GP da Inglaterra dominou as manchetes globais, mas não a corrida em si não conseguiu fazer a imprensa internacional entrar em consenso em suas opiniões. O tradicional The Times, do Reino Unido, destacou o desempenho de Norris enfatizando como o britânico se aproveitou da penalidade de 10 segundos de Oscar Piastri para se tornar o 13º vencedor britânico na história do GP.
Já na Holanda, o De Telegraaf trouxe a decepção de Max Vertappen, que terminou a prova em 5º lugar. A matéria detalhou a entrevista do tetracampeão da Red Bull à emissora Viaplay: “Pisei no acelerador e simplesmente perdi o carro. Depois fiquei no tráfego, mas nem mesmo assim era mais rápido. Não tinha aderência, o carro não respondia em nada. Foi uma corrida sem valor”, declarou Verstappen.
O jornal El País, da Espanha, adotou uma abordagem voltada aos feitos de Norris e Nico Hülkenberg, que conquistou seu primeiro pódio na Fórmula 1. Para Norris, o veículo destacou como ele “não cometeu um único erro enquanto o caos se instalava ao seu redor”, incluindo a falha incomum de Piastri. Já sobre Hulkenberg, o veículo espanhol celebrou o fim de uma das marcas mais curiosas da F1: “Após 15 anos e 239 tentativas, o alemão finalmente enterrou o recorde de mais corridas sem um pódio”.

A punição que custou a Piastri uma possível vitória gerou reações acaloradas dos jornais australianos. O Herald Sun estampou a estratégia hipotética da equipe: caso um safety car fosse acionado antes do cumprimento da punição, a McLaren manteria Piastri na liderança – com Norris sendo obrigado a esperar em um pit stop duplo. “Fãs de Norris consideram a estratégia injusta”, destacou o tabloide, citando a declaração do chefe Andrea Stella: “Oscar manteria a liderança porque, ao parar, pagaria a penalidade primeiro. Lando esperaria, e sairiam na mesma ordem”.
Nos Estados Unidos, o The Washington Post focou na reação contida de Piastri, reproduzindo sua ironia ao comentar a infração: “Aparentemente, frear atrás do safety car agora é proibido. Eu fiz isso por cinco voltas…”.
Na Alemanha, a Frankfurter Allgemeine Zeitung dedicou sua capa ao feito de Hülkenberg com a manchete “Er hat den Fluch besiegt” (“Ele derrotou a maldição”). O jornal detalhou como o pódio foi comemorado por todo o grid, com Mercedes e Aston Martin até fornecendo champanhe para a Sauber, que não tinha estoque suficiente.
“De uma largada quase última para o pódio, tudo se encaixou. Alívio imenso, um dia surreal”, disse Hulkenberg, em declaração que dominou as manchetes alemãs.
