F1: GP da Espanha deve ter duas paradas e desafio estratégico para equipes

A corrida deste domingo em Barcelona promete fugir do padrão tradicional no Circuito de Barcelona-Catalunha. Diferente dos anos anteriores, em que uma parada era a estratégia predominante, o GP da Espanha de Fórmula 1 este ano, deve obrigar as equipes a optarem por duas trocas de pneus, com o composto duro entrando em cena apenas em caso de necessidade.

Essa mudança de abordagem se deve à baixa performance do pneu duro da Pirelli, que segundo o chefe de automobilismo da fornecedora de pneus, Mario Isola, apresenta menos aderência e tendência a superaquecimento semelhante ao pneu médio. “O duro está escorregando um pouco e superaquecendo de maneira parecida com o médio. A diferença de desempenho em relação ao médio é de cerca de 0.9 a 1 segundo por volta”, disse ele.

Diante desse cenário, a maioria das equipes optou por levar apenas um jogo de pneus duros e um de médios para a corrida, priorizando o uso dos macios. A exceção está em Charles Leclerc e na dupla da Haas, Olive Bearman e Esteban Ocon, que abriram mão do composto duro e terão à disposição dois jogos de pneus médios, o que pode representar uma vantagem significativa, caso o desgaste dos pneus seja maior do que o previsto.

Leclerc, que vai largar em sétimo, pode se beneficiar se os rivais forem obrigados a recorrer ao composto duro por falta de alternativas. “O duro é apenas uma opção de segurança. Não posso excluir que alguém vá usá-lo, especialmente se o desgaste dos macios for mais alto do que o esperado”, disse Isola.

Mesmo que tecnicamente possível, a estratégia de apenas uma parada não é vista como viável em termos de desempenho. “Uma parada é possível em termos de desgaste, sim mas em termos de performance, é muito mais lenta, mais de 15 segundos de diferença no total”, concluiu o italiano.

A expectativa da Pirelli é que a maioria dos pilotos comece a prova com pneus macios, buscando manter posição nas voltas iniciais. As combinações mais prováveis são macio-médio-macio ou macio-médio-médio para Leclerc e os pilotos da Haas, enquanto os demais devem variar entre macio-médio-duro ou macio-duro-médio, conforme a gestão de pneus e as condições de corrida.