F1: FIA enfrenta resistência interna contra novas regras de penalidade

As novas regras da FIA que preveem penalidades severas por má conduta de pilotos, aplicáveis a todas as categorias regidas pela entidade, enfrentam não apenas críticas de pilotos e fãs, mas também resistência dentro da própria organização. Segundo informações divulgadas pela BBC Sport, a decisão foi impulsionada diretamente pelo presidente Mohammed Ben Sulayem, que tem sido acusado por membros da FIA de agir de forma unilateral.

Conforme o novo regulamento, os comissários passam a ter poderes ampliados para impor penalidades que incluem multas elevadas, deduções de pontos no campeonato e até suspensões de corridas. A medida, entretanto, foi alvo de críticas internas, com uma fonte da FIA descrevendo-a como ‘ridícula’ e afirmando que Ben Sulayem ‘age como um ditador’.

De acordo com fontes ligadas à entidade, a implementação das novas diretrizes ocorreu sem consultas prévias a partes interessadas, como a Associação de Pilotos de Grandes Prêmios (GPDA) ou mesmo à própria comissão de pilotos da FIA. Uma das fontes revelou que a aprovação foi realizada por meio de uma votação eletrônica repentina, sem a inclusão do tema na pauta da próxima reunião do Conselho Mundial de Automobilismo (WMSC).

“A forma como isso foi feito não está certa”, afirmou uma das fontes. “Não houve espaço para discussão, o que levanta questões sobre a transparência do processo.”

Entre os aspectos mais polêmicos do novo sistema está a possibilidade de punições severas para reincidências. Caso um piloto cometa três infrações similares dentro de um período de dois anos, ele pode ser suspenso por um mês e ainda sofrer dedução de pontos no campeonato.

A resistência às novas medidas não é recente. No final da temporada de 2024, a GPDA já havia se manifestado contra a aplicação de multas por linguagem considerada inadequada, em uma clara demonstração de descontentamento com a postura da FIA. Até o momento, não há confirmação sobre se a associação de pilotos emitirá um novo comunicado em resposta às mudanças.

Essa decisão de Ben Sulayem evidencia divisões internas e aponta para um debate acirrado nos bastidores, enquanto pilotos e equipes aguardam os desdobramentos dessas medidas que prometem mudar a dinâmica das competições sob a gestão da FIA.



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