Após acusações terem sido feitas contra o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, o veredito da investigação realizado pela própria organização foi divulgado hoje. A investigação não teria encontrado ‘evidências de interferência’ em dois incidentes separados no ano passado.
Segundo as informações divulgadas recentemente, Ben Sulayem teria interferido no resultado do GP da Arábia Saudita de Fórmula 1 no ano passado para reverter uma punição aplicada ao espanhol Fernando Alonso da Aston Martin. Alonso recebeu uma penalidade de dez segundos por cumprir incorretamente uma punição durante uma parada de box, mas a decisão foi posteriormente alterada, devolvendo o piloto ao pódio em P3. Segundo a acusação feita, a determinação de Ben Sulayem teria sido justamente para retirar a penalidade do espanhol.
Outra acusação contra o presidente da FIA, afirmava que ele tentou obstruir o processo de homologação do circuito de Las Vegas, que sediou sua primeira corrida no ano passado.
O Departamento de Compliance da FIA, apoiado por assessores externos, conduziu uma investigação sobre ambas as acusações. Um comunicado da FIA divulgado nesta quarta-feira, diz: ‘O Comitê de Ética foi unânime em sua determinação de que não havia evidências para fundamentar alegações de interferência de qualquer tipo envolvendo o presidente’.
As acusações pairaram sobre o início da temporada de 2024 da F1, mas quase na véspera do GP da Austrália, Ben Sulayem foi absolvido.
O comunicado acrescenta: ‘Preocupações sobre potencial interferência foram levadas ao conhecimento do Oficial de Compliance da FIA, e posteriormente encaminhadas ao Comitê de Ética da FIA sob o Artigo 32.2.5 do Estatuto da FIA. Seguiu-se uma revisão independente robusta e abrangente por trinta dias, que incluiu entrevistas com onze testemunhas. As acusações contra o presidente da FIA foram infundadas e fortes evidências, além de qualquer dúvida razoável, foram apresentadas para apoiar a determinação do Comitê de Ética da FIA’.
Continua o comunicado: ‘O Presidente da FIA foi inocentado de qualquer irregularidade em relação às alegações (i) de ter interferido na decisão dos comissários de reverter uma penalidade adicional no carro 14, após uma contestação da Aston Martin Aramco Cognizant F1 Team no GP da Arábia Saudita de 2023, e (ii) de ter tentado interferir no processo de homologação do circuito de Las Vegas para o GP em 2023. A homologação foi concluída e aprovada no devido tempo. A completa cooperação, transparência e conformidade do Presidente ao longo do processo durante esta investigação foram muito apreciadas’, encerra a declaração da FIA.