Antes do GP da Emília-Romanha, a FIA emitiu um nova diretriz técnica, algo que chamou atenção nos bastidores da Fórmula 1. Segundo o RacingNews365, foi a Red Bull Racing quem acionou a entidade, com questionamentos que motivaram o esclarecimento sobre o regulamento referente à gestão térmica de pneus e à carenagem das rodas.
Essa movimentação surgiu em meio ao destaque da McLaren nas primeiras etapas da atual temporada, com cinco vitórias nas seis primeiras corridas, desempenho que em parte, tem sido atribuído a uma engenhosa solução de resfriamento dos freios e pneus. A equipe de Woking teria desenvolvido um sistema que usa materiais com mudança de fase (PCMs) dentro dos tambores de freio. Esses materiais, compostos por ligas metálicas encapsuladas, ajudam a estabilizar a temperatura e melhoram a ativação térmica dos pneus, conferindo vantagem no desgaste e no ritmo de corrida.
A Red Bull, de acordo com o referido site, vinha monitorando o comportamento térmico dos freios da McLaren com câmeras infravermelhas. Sem citar diretamente a concorrente, teria recorrido à FIA com a dúvida, se seria legal adotar um sistema semelhante no RB21? A resposta, como costuma ocorrer, veio na forma de uma diretriz técnica, que esclarece o que é ou não permitido no que diz respeito à gestão térmica e ao uso de certos materiais nos freios e carenagens.
Mesmo assim, não há nenhuma evidência de que a McLaren precisou ajustar seu carro após essa mudança, e a própria equipe nega qualquer alteração. Pelo contrário, o time atribuiu a vitória de Max Verstappen em Ímola à combinação do bom pacote de atualizações da Red Bull e ao perfil do circuito, que favorece carros eficientes em curvas de alta, característica forte do RB21.
De qualquer maneira, ainda é cedo para dizer se essa diretriz impactou diretamente o desempenho da McLaren. A resposta pode vir nas próximas etapas. Em Mônaco, os carros enfrentam um traçado completamente distinto, e na sequência, o GP da Espanha trará novas regras mais rígidas sobre asas dianteiras flexíveis, o que pode afetar ainda mais o equilíbrio de forças.
Caso o desempenho da McLaren se mantenha, as dúvidas levantadas poderão ser vistas como meramente especulativas. Caso contrário, o sistema de resfriamento poderá entrar definitivamente no centro das atenções técnicas da temporada.