F1: “FIA acertou ao priorizar a segurança em Ímola”, afirmou Wurz

Alex Wurz, ex-piloto de Fórmula 1 e atual presidente da Associação dos Pilotos (GPDA), saiu em defesa da FIA e da Direção de Prova após questionamentos sobre decisões tomadas durante o GP da Emília-Romanha. Algumas críticas surgiram após a adoção de um carro de segurança virtual (VSC) para a retirada do carro de Esteban Ocon, enquanto um safety car real foi acionado em outra situação semelhante, dessa vez com Kimi Antonelli, ambos na curva 7 do circuito de Ímola.

Wurz negou qualquer inconsistência entre as duas ações e explicou que, embora os incidentes parecessem semelhantes, havia diferenças relevantes. “Onde o carro de Esteban parou, era relativamente simples empurrá-lo para uma área de escape”, disse o austríaco em vídeo publicado nas redes sociais. “Já o carro de Kimi parou um pouco mais acima, onde nem há grama, e existe uma depressão no terreno. Estava longe demais para empurrar, então foi necessário acionar um guindaste.”

Segundo Wurz, a presença de um veículo de recuperação (guindaste) na pista justifica plenamente o uso do safety car. “O diretor de prova tomou a decisão absolutamente correta. No momento em que é necessário um guindaste cruzar a pista, é essencial a entrada do safety car.”

O austríaco também relembrou o acidente fatal de Jules Bianchi em 2014, em Suzuka, para reforçar a importância de medidas rigorosas de segurança. “Não podemos esquecer o que aconteceu no Japão com Jules Bianchi. Todos dissemos que precisávamos aprender com aquilo”, disse ele. “Essa decisão em Ímola não foi incoerente, muito pelo contrário. Foi uma decisão muito boa em nome da segurança”, acrescentou.

Wurz finalizou agradecendo à FIA e à Direção de Prova pela postura firme em Ímola: “Foi totalmente coerente com tudo o que temos defendido nos últimos anos”, completou o ex-piloto.

O caso a que Wurz se referiu sobre Jules Bianchi, ocorreu no GP do Japão em 2014, quando a pista estava muito molhada devido à chuva, e um carro escapou, ficando ao lado da pista. Na ocasião a direção de prova manteve apenas a bandeira amarela no local, e um guindaste entrou na lateral da pista para remover o carro parado. Nesse momento, Bianchi também escapou da pista, mesmo sob bandeira amarela, e bateu muito forte no guindaste, chocando violentamente a cabeça na estrutura do trator. Desde o acidente Bianchi ficou em coma, falecendo aos 25 anos de idade no ano seguinte, em decorrência do ocorrido.

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