A penalidade aplicada a Max Verstappen no GP da Espanha voltou a gerar debate no paddock da Fórmula 1. Após o incidente com George Russell na curva 5 no final da prova em Barcelona, que culminou com um toque intencional do piloto da Red Bull Racing no carro da Mercedes, muitos defenderam uma punição mais severa, incluindo a desclassificação. No entanto, para o ex-piloto e atual comentarista Karun Chandhok, os comissários agiram de forma correta ao aplicar uma penalidade de dez segundos e três pontos na superlicença do holandês.
Verstappen terminou a corrida originalmente na quinta posição, mas caiu para décimo após a penalização. Com isso, perdeu nove pontos no campeonato e agora está 49 atrás do líder Oscar Piastri. Além disso, os três pontos na superlicença o colocam a apenas um da suspensão automática por uma corrida, o que o obriga a extrema cautela nas próximas etapas no Canadá e Áustria.
Apesar da repercussão negativa, inclusive com Nico Rosberg pedindo a exclusão do piloto da prova e uma pesquisa mostrando apoio majoritário à desclassificação, Chandhok acredita que os comissários acertaram na dosagem da sanção.
“Eu acho que há argumentos para se discutir o uso da bandeira preta, mas se olharmos para o contexto, a velocidade, o local e as circunstâncias em que aconteceu, os comissários fizeram um bom trabalho”, disse Chandhok no podcast da Sky Sports F1. Ele destacou ainda que a FIA considerou o lance da primeira curva, em que Verstappen se defendeu de Russell, como legal, o que reforça a avaliação cuidadosa da direção de prova.
“O impacto no campeonato de perder um ponto a mais com a bandeira preta não é tão relevante. O que realmente importa são os três pontos na superlicença. Nesse sentido, a penalidade aplicada foi mais significativa. Acho que foi uma decisão correta”, completou.
Com a margem para erros praticamente inexistente, o tetracampeão agora terá que se manter disciplinado para evitar uma suspensão que pode impactar sua luta pelo título, que já não está sendo fácil na temporada atual.
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