A Fórmula 1 chega ao domingo do GP de Miami 2025 com um cenário de incertezas estratégicas e clima instável, após um sábado marcado por uma Sprint caótica e uma sessão de classificação apertada. Max Verstappen vai largar da pole position após uma volta decisiva, superando Lando Norris por poucos centésimos. Kimi Antonelli completou os três primeiros, desbancando Oscar Piastri por uma margem mínima.
Com pequenas diferenças de tempo entre os pilotos e poucas simulações de corrida em alta carga de combustível, o cenário é imprevisível. Além disso, a mudança no fornecimento de pneus pela Pirelli em relação a 2024 e a previsão de até 60% de chance de chuva durante a prova podem embaralhar ainda mais as estratégias.
No ano passado, Norris venceu em Miami aproveitando um momento oportuno de Safety Car. A maioria dos pilotos fez uma estratégia de uma parada, começando com pneus Medium (C3) e trocando para os compostos Hard (C2). A janela de pit-stops foi ampla, com alguns parando já na volta 10. Verstappen e Piastri estavam em um duelo estratégico até o carro de segurança beneficiar Norris, que parou na volta 29 e assumiu a ponta.
A tendência para 2025 continua sendo a de uma única parada com Medium seguido de Hard, entre as voltas 19 e 25. A abordagem alternativa usada por Lewis Hamilton e Fernando Alonso no ano passado — Hard seguido de Medium — também é viável, com a troca ideal entre as voltas 32 e 38. Essa tática oferece maior chance de se beneficiar com um Safety Car tardio, mas compromete o desempenho no início da prova.
O novo pacote de pneus da Pirelli traz compostos mais macios, mas também mais duráveis. Ainda assim, uma estratégia de duas paradas não está descartada. Medium-Hard-Hard ou até Soft-Hard-Hard podem entrar em jogo caso o desgaste seja maior que o previsto, especialmente se houver intervenção do Safety Car ou bandeira vermelha.

Todos os pilotos, com exceção da dupla da Racing Bulls, têm dois jogos de pneus duros disponíveis para a corrida, o que oferece flexibilidade estratégica, principalmente se as condições de pista mudarem. O composto C3 é considerado o melhor para ritmo de corrida, e deve ser fundamental para o sucesso de qualquer estratégia.
Outro fator a ser observado é a possibilidade de chuva. A Sprint de sábado revelou que o traçado de Miami seca rapidamente, mas quando isso acontece, o desgaste no pneu intermediário se concentra fortemente no dianteiro direito, gerando subesterço.
“O desgaste no dianteiro direito após 10 a 12 voltas foi um sinal importante para a corrida”, afirmou Mario Isola, diretor da Pirelli Motorsport. “Se a pista secar com chance de nova chuva, os pilotos precisarão buscar áreas mais úmidas do traçado. Caso contrário, o desgaste nos intermediários será alto demais, forçando uma parada extra.”
Com clima instável e estratégias em aberto, o GP de Miami promete ser uma das corridas mais imprevisíveis da temporada até agora. A largada acontece neste domingo no circuito montado ao redor do Hard Rock Stadium.
O F1MANIA.NET acompanha o GP de Miami ‘in loco’ com Victor Berto.