No retorno da Fórmula 1 ao Circuito de Zandvoort para o GP da Holanda de 2024, as características desafiadoras da pista, com suas curvas sinuosas e estreitas, prometem dificultar as ultrapassagens durante a corrida. Isso significa que as estratégias de pneus devem desempenhar um papel crucial na definição do vencedor da 15ª etapa da temporada.
A Pirelli, fornecedora oficial de pneus da Fórmula 1, delineou várias opções para completar as 72 voltas no circuito holandês. Embora a sabedoria convencional indique que uma estratégia de uma parada seja a mais rápida, existem diferentes maneiras de implementá-la. A fabricante italiana sugeriu três rotas possíveis, duas delas começando com os pneus macios, marcados pela faixa vermelha, que oferecem a melhor aderência para uma largada rápida.
Para aqueles que optarem por começar com os pneus macios, a janela ideal para o primeiro pit stop se abre na volta 24, visando uma troca para os pneus duros, identificados pela faixa branca. No entanto, os pilotos que escolherem seguir com os pneus médios, marcados pela faixa amarela, tentarão estender seu primeiro stint até pelo menos a volta 28.
Uma abordagem alternativa é iniciar com os pneus duros e depois mudar para os macios. Essa estratégia pode ser atraente para equipes que largam mais atrás no grid de largada, na esperança de obter uma parada barata durante um safety car ou virtual safety car. Curiosamente, a Pirelli não recomendou uma estratégia que comece com os pneus médios, mas eles aparecem em uma abordagem de duas paradas.
O clima em Zandvoort, uma cidade costeira próxima ao Mar do Norte, é conhecido por ser imprevisível. Na temporada passada, as condições climáticas foram um fator significativo na corrida, e este ano, rajadas extremas de vento têm desestabilizado os carros, aumentando a probabilidade de incidentes e, consequentemente, de intervenções do safety car.
Se esse cenário se concretizar, múltiplas paradas e o uso de pneus macios novos podem ser a melhor opção para alguns pilotos. No entanto, um problema enfrentado pelos líderes do grid é a escassez de pneus macios disponíveis. Nenhum dos nove primeiros colocados na classificação tem conjuntos novos desse composto, com Carlos Sainz, em décimo lugar, sendo o primeiro a ter um conjunto novo de macios, graças ao fato de não ter avançado para o Q3.
As duas McLarens, por outro lado, possuem um conjunto extra de pneus médios, o que pode colocá-las em uma posição mais vantajosa em comparação com Max Verstappen, que tem dois conjuntos novos de pneus duros disponíveis. Esse é, ainda assim, um conjunto a mais de pneus frescos do que a maioria dos outros pilotos entre os dez primeiros.
Além disso, a curta distância até a primeira curva em Zandvoort pode incentivar algumas equipes a começarem com os pneus mais duros, minimizando o risco de perder posições logo na largada. A esperança para aqueles que adotarem essa estratégia é de estender o primeiro stint o máximo possível e aproveitar uma eventual intervenção do safety car, o que poderia permitir uma parada em condições mais favoráveis e a utilização de pneus mais rápidos para o final da prova.
A corrida promete ser um teste estratégico para as equipes, que precisarão avaliar cuidadosamente suas opções de pneus e condições de pista para maximizar seus resultados no GP da Holanda.
O F1MANIA.NET acompanha o GP da Holanda ‘in loco’ com o jornalista Rodrigo França.