F1: Drugovich participa do desenvolvimento do carro da Aston Martin para 2026

Felipe Drugovich revelou, em entrevista exclusiva ao F1MANIA.NET durante o fim de semana do GP de Miami de Fórmula 1, que já está envolvido no desenvolvimento do carro da Aston Martin para a temporada de 2026, quando entram em vigor as novas regras técnicas da categoria. O brasileiro destacou que o trabalho no simulador tem sido seu principal papel nesse processo, embora ainda haja muitas indefinições em torno do novo regulamento.

“Eu acho que meu envolvimento principal seria o simulador, e estou fazendo sim o carro de 2026, mas ainda é cedo. Acho que ainda tem poucos modelos virtuais do carro”, explicou Drugovich. “O principal vai ser o motor para o ano que vem. O carro em si vai ser um pouco diferente, mas não uma mudança tão grande quanto a de 2021 para 2022, talvez até um pouco menos.”

Segundo ele, as regras ainda não estão completamente definidas, o que limita a profundidade do trabalho neste momento. “De 90% já está decidido sim, mas tem algumas coisas que ainda não estão 100%. Está um negócio meio obscuro, não dá pra entender exatamente o que a FIA vai decidir”, completou.

Além do trabalho para 2026, Drugovich também tem acompanhado de perto os detalhes da temporada atual, mesmo quando não está pilotando. No GP de Miami, por exemplo, ele não participou de nenhuma sessão na pista, mas segue com uma agenda cheia nos bastidores.

“Normalmente é acompanhar logo desde o começo, alguns dias de simulador antes de qualquer corrida que eu tô como reserva, pra preparar, ajudar a equipe com os setups, e também me preparar caso eu precise substituir um dos titulares”, revelou. “Faço parte de todos os meetings, todos os briefings, pra entender o que tá acontecendo, quais são os problemas da pista, e depois fico do lado ali e tento acompanhar o máximo possível, aprender e absorver.”

Drugovich destacou que tem mantido conversas regulares com os engenheiros e também com os pilotos titulares da equipe, Lance Stroll e Fernando Alonso. “Eu acho que eu tenho comunicação através dos engenheiros normalmente, mas também converso com eles aqui sobre o carro, o que eles estão sentindo. É importante pra mim também saber qual é a sensação deles, o que eles estão fazendo, e ter uma noção melhor do carro.”

Mesmo ciente de que os principais feedbacks vêm dos pilotos que estão na pista, o brasileiro acredita que seu trabalho no simulador contribui para o progresso da equipe. “É relativo também, porque até agora o carro de todas as equipes está bem parecido com como começou. Ninguém teve nenhum pacote gigantesco de upgrade, mas acho que tem sido ok da minha parte. Não tem muito que eu possa fazer com a produção do carro, mas posso testar coisas no simulador e falar se é melhor ou pior.”

Com foco total na Fórmula 1, Drugovich segue na expectativa por mais oportunidades ao longo do ano. Um segundo treino livre está nos planos da Aston Martin, embora ainda sem definição de onde e quando será realizado.

O F1MANIA.NET acompanha o GP de Miami ‘in loco’ com Victor Berto.

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