Os pit stops continuam sendo um dos ápices durante uma corrida de Fórmula 1. Com o passar do tempo, eles foram evoluindo, ficando mais rápidos e se tornando uma “dança” milimetricamente sincronizada e ensaiada, feita em um piscar de olhos. E, para que isso aconteça, é necessário um trabalho minucioso por parte da equipe.
A McLaren detém o atual recorde de parada mais rápida da história: 1s80. Charlie Hooper, Diretor de Operações e Engenharia da equipe de Woking, explicou em entrevista para o site do time como funciona a escolha das pessoas que realizam o pit stop, que busca uma combinação de fatores.

“Não buscamos só velocidade, mas a combinação certa: força, destreza e perfis psicológicos equilibrados”, explicou Hooper. Diferente do que muitas pessoas imaginam, a equipe de pit stops não é fixa. Atualmente a McLaren alterna seus membros por conta do longo calendário de 24 corridas. “Temos uma equipe maior, com treinamento cruzado. Assim, mesmo trocando posições, mantemos a excelência.”
Ele explica que as sessões de treinos são curtas, cerca de cinco ou seis por dia. “Repetições excessivas podem piorar o desempenho. O foco é consistência, não recordes”, afirma Hooper. Na prova em que o recorde histórico foi estabelecido, o GP do Catar de 2023, a McLaren chegou a dispensar os treinos no domingo por conta do calor.
“Alongamentos, dieta e monitoramento de bem-estar são essenciais”, destaca Hooper. No McLaren Performance Hub, a equipe trabalha resistência física para suportar uma temporada longa. “Cada décimo economizado pode definir uma corrida”, afirma o diretor.