F1: Desenvolvimento do RB21 pode comprometer 2026, diz Mekies

O chefe da Red Bull Racing, Laurent Mekies, admitiu que a decisão de seguir atualizando o RB21 pode prejudicar o desenvolvimento do carro da equipe para 2026, quando a Fórmula 1 passará por uma grande mudança de regulamento.

Enquanto várias equipes do grid já redirecionaram seus recursos para os novos projetos, a Red Bull tem mantido um ritmo de evolução contínuo no carro atual. O time introduziu um novo assoalho em Monza e uma asa dianteira revisada em Baku, medidas que aumentaram a competitividade da equipe e mantiveram Max Verstappen vivo na disputa pelo título deste ano, ainda que com chances remotas.

Mekies explicou que a prioridade em continuar desenvolvendo o modelo atual vai além da busca por resultados imediatos, é também uma forma de testar e validar os métodos de trabalho e ferramentas técnicas que serão utilizados nos próximos projetos.

“É muito importante entendermos se o projeto ainda tem mais desempenho a oferecer. Precisamos chegar ao fundo disso, porque vamos elaborar o carro do próximo ano com as mesmas ferramentas e metodologia, mesmo que o regulamento seja completamente diferente”, afirmou.

O dirigente francês destacou que a equipe tem usado o RB21 para garantir que os dados colhidos no túnel de vento e nas simulações, estejam de fato refletindo o comportamento real do carro.

“Precisamos validar com o carro deste ano se nossa forma de interpretar os dados está correta e se o nosso processo de desenvolvimento é confiável. Se conseguirmos manter esse nível de desempenho, isso nos dará confiança durante o inverno para o projeto do próximo carro”, acrescentou.

Apesar dos ganhos recentes, Mekies reconheceu que essa opção tem um preço: “Claro que isso traz um custo, sem dúvida, para o projeto de 2026. Mas acreditamos que é a troca certa para nós, sem julgar o que as outras equipes estão fazendo”, completou.

Desde que assumiu o comando da equipe no início de julho deste ano, Mekies tem conduzido uma reorganização interna na Red Bull, com foco em eficiência e correlação técnica, um processo que já começa a mostrar resultados na pista, mesmo diante do risco de começar o novo ciclo de regulamentos um passo atrás da concorrência.