Christian Horner, chefe da Red Bull Racing, reconheceu que a equipe errou na escolha estratégica durante o GP da Espanha de Fórmula 1 no último final de semana, após Max Verstappen terminar apenas em décimo lugar, resultado influenciado por uma troca de pneus que não trouxe o retorno esperado e também por uma penalidade de dez segundos.
Verstappen chegou a figurar entre os cinco primeiros, mas a entrada de um safety car nas voltas finais mudou o rumo da corrida. “Até aquele momento, estávamos muito mais próximos das McLarens do que deveríamos. Eles deviam estar vinte segundos à frente, talvez mais, pela estratégia que escolhemos”, disse Horner. “Mas isso nos manteve na briga. Chegamos a ter uma chance de ‘undercut’. Talvez não durasse, mas teríamos posição de pista. Até ali, tudo parecia certo.”
A equipe optou por um terceiro pit stop antes da neutralização da corrida causada pelo abandono de Kimi Antonelli e a consequente entrada do safety car. Com apenas pneus duros à disposição, a Red Bull colocou um jogo novo no carro de Verstappen, mas foi uma escolha que não funcionou. “Os pit stops foram bons, a estratégia até então estava funcionando, mas quando o safety car entrou, não dava pra continuar com aqueles pneus, enquanto todos estavam colocando compostos novos. Só tínhamos duros novos, dos quais não sabíamos muito”, disse Horner.
Questionado se tomaria a mesma decisão hoje, ele foi direto: “Com o benefício da retrospectiva, claro que o ideal seria deixá-lo na pista. Seria ultrapassado pelas McLarens, mas quem sabe o que teria acontecido com (Charles) Leclerc? É tudo subjetivo. A gente decide com base na informação que tem na hora.”
O chefe da Red Bull ainda comentou sobre os pneus macios que restavam para Verstappen: “Aquele jogo já tinha sido usado. Fez a sessão de classificação, a volta ao grid, as largadas… Já tinha sete ou oito voltas e estava bastante desgastado. Era escolher entre isso ou um jogo novo de duros”, acrescentou.
Por fim, Horner resumiu o dilema enfrentado pela equipe: “Com a visão do depois, é fácil julgar. Teria terminado em terceiro, quarto? Quem sabe? Mas só dá pra tomar decisões com base no que se tem em mãos”, completou.