F1: Chefe de inclusão e diversidade é demitida pela FIA em nova reestruturação

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) demitiu Sara Mariani, responsável pelas áreas de sustentabilidade, inclusão e diversidade, em meio a uma nova fase de reestruturação interna. Mariani havia assumido o cargo em 2023, mas deixa a entidade menos de dois anos após sua nomeação.

Mariani, que anteriormente atuou com marcas como a Christian Dior, trabalhava na sede da FIA em Genebra e respondia às divisões de mobilidade e automobilismo da entidade. Com sua saída, a função que ocupava foi desmembrada. Sustentabilidade passará a ser gerenciada por Willem Groenewald, secretário-geral para mobilidade, enquanto temas de inclusão e diversidade ficarão sob responsabilidade de Alessandra Malhame, diretora sênior de recursos humanos.

Alberto Villareal, gerente geral da FIA, comentou a decisão: “A decisão de reestruturar nossa função de Sustentabilidade e Inclusão & Diversidade, foi tomada após cuidadosa análise pela equipe de liderança sênior, com o objetivo de fortalecer nossas capacidades nessas duas áreas cruciais.”

Segundo ele, o foco da entidade é ampliar seu impacto por meio de uma conexão mais próxima com os clubes membros em temas como combustíveis sustentáveis, cidades inteligentes e diversidade no esporte.

Mariani, por sua vez, deixou uma mensagem contundente em seu e-mail de despedida: “Existe vida fora da FIA. Uma vida onde talento e dedicação são recompensados. Onde mulheres em posições de liderança podem prosperar, se sentirem valorizadas e respeitadas. Adorei a jornada, aproveitei cada minuto”, afirmou.

Apesar da mudança, Malhame reforçou o compromisso da FIA com a diversidade: “A FIA está comprometida em ampliar as oportunidades para mulheres na organização, tanto na mobilidade quanto no automobilismo. Avançamos em nossos programas internos de recrutamento e desenvolvimento de talentos, e temos orgulho de que 32% de nosso quadro de funcionários seja composto por mulheres, em um setor majoritariamente masculino.”

Do total de funcionárias, quase metade ocupa cargos de liderança em áreas como operações, comunicação, mobilidade e esporte. A entidade também destaca que duas posições da equipe de liderança sênior são ocupadas por mulheres, como Emilia Abel, responsável pelo automobilismo rodoviário global, e Rebecca Lee, diretora de operações da Fórmula 1 e primeira mulher a ocupar o cargo de starter oficial na categoria.

FIA logo
Foto: XPB Images

A decisão da FIA ocorre num momento em que o presidente Mohammed Ben Sulayem, busca consolidar sua posição antes das eleições que podem lhe garantir um segundo mandato. Embora esteja, até o momento, sem oposição oficial, seu primeiro período à frente da entidade foi marcado por diversas controvérsias e trocas na alta cúpula.

Outros nomes importantes deixaram seus cargos recentemente, como o diretor de provas da F1, Niels Wittich, a CEO Natalie Robyn e o chefe de compliance Paolo Basarri.

Ainda assim, Ben Sulayem recebeu apoio formal de 36 clubes filiados à FIA, em uma carta conjunta: “Entendemos que quatro anos é pouco tempo para concluir as reformas ambiciosas que você iniciou. Por isso, encorajamos fortemente sua reeleição na próxima Assembleia Geral Anual, com nosso total apoio”, encerra a carta.

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