F1: Categoria pode alterar regra de motor para 2026 antes da estreia

A Fórmula 1 pode promover uma alteração significativa no novo regulamento de unidades de potência, que irá entrar em vigor em 2026. Embora as regras tenham sido definidas com antecedência, surgiram preocupações recentes quanto ao impacto negativo que os novos motores híbridos podem ter sobre a qualidade das corridas.

O ponto central da discussão está no equilíbrio de potência entre o motor a combustão e a parte elétrica. O novo regulamento estabelece um uso equilibrado entre ambas as fontes de energia, com 50% da força vindo da eletricidade, um aumento de 300% em relação ao que é utilizado atualmente.

No entanto, há receio de que, em pistas com longas retas como Monza ou Baku, os pilotos possam ficar sem energia elétrica disponível ainda no meio da aceleração, o que comprometeria não só o desempenho como também o espetáculo.

Segundo o site The Race, uma proposta será levada à próxima reunião da Comissão da F1. A ideia seria manter a divisão 50/50 durante as sessões de classificação, mas reduzir a potência elétrica disponível nas corridas. Com isso, a energia vinda da bateria cairia de 350kW para 200kW durante os GPs, o que alteraria a distribuição para 64% de potência a combustão e 36% elétrica, com entrega mais estável ao longo da volta.

Apesar da redução, o novo modo de ultrapassagem, um recurso manual que eleva temporariamente a potência elétrica para 350kW, permaneceria ativo nas corridas, mantendo o estímulo às disputas por posição.

Essa proposta já conta com o apoio de Christian Horner, chefe da Red Bull Racing, que está às vésperas de estrear sua própria unidade de potência em 2026. “O que queremos evitar desesperadamente é ver os pilotos tirando o pé no meio da reta. Isso vai frustrar os pilotos e prejudicar o espetáculo. A FIA tem todos os dados. Esperar até o começo do ano que vem pode ser tarde demais. Ainda temos oito meses para resolver isso”, afirmou Horner.

Por outro lado, Toto Wolff, chefe da Mercedes, tratou as preocupações como prematuras. “Acho que deveríamos manter o que foi acordado na última reunião de motores, em vez de tentar prever o que pode acontecer. Podemos reagir rapidamente se houver mesmo um problema. Mas por enquanto, tudo isso é baseado em palpites, não em dados”, disse ele.

A discussão promete ganhar força nos próximos meses, com as equipes divididas sobre como encontrar o equilíbrio ideal entre inovação tecnológica e qualidade das corridas.

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