O piloto da Haas, Oliver Bearman, manifestou apoio às críticas feitas por Max Verstappen ao sistema de pontos de penalidade da Fórmula 1. Para o jovem britânico, a atual estrutura de punições é excessivamente rigorosa e compromete o espírito competitivo da categoria.
Verstappen soma atualmente onze pontos de penalidade em sua superlicença e pode ser suspenso de uma corrida com apenas mais um ponto. Embora o holandês tenha minimizado a possibilidade de uma punição iminente, ele classificou o sistema como desproporcional em relação às infrações cometidas, visão compartilhada por Bearman.
“Concordo”, afirmou Bearman. “Acho um pouco exagerado ver pilotos sendo suspensos por tentar criar ação. No ano passado, vimos o Kevin (Magnussen) ser punido com uma suspensão, e mesmo que isso tenha me beneficiado, senti que foi muito injusto.”
Bearman usou como exemplo o próprio Magnussen, que acumulou penalidades por incidentes considerados leves. Quando Magnussen teve eu cumprir uma suspensão de corrida, Bearman substituiu o dinamarquês no GP do Azerbaijão.

“Um piloto tenta uma ultrapassagem que não dá certo. Os dois cortam a curva, ninguém se machuca, ninguém sai prejudicado. Mas ele ganha dois pontos na superlicença, e isso se acumula rápido. É uma pena”, afirmou Bearman.
O piloto de vinte anos, que soma seis pontos na temporada, reconhece que penalidades são necessárias, mas cobra bom senso. “Claro que os pilotos precisam ser punidos de alguma forma, para evitar certos comportamentos. Mas acho que o equilíbrio precisa existir”, concluiu.
As falas de Bearman reforçam um debate cada vez mais presente entre os pilotos da Fórmula 1, que veem o excesso de rigidez como um entrave à competitividade e à imprevisibilidade que a categoria deveria preservar.