Foi divulgada pela Fórmula 1, uma nova tabela com os percentuais de testes aerodinâmicos permitidos para as equipes na segunda metade da temporada 2025. A revisão, válida desde depois do GP do Canadá, leva em conta a classificação do campeonato de construtores em 22 de junho e visa equilibrar o desempenho entre os times, especialmente em um momento decisivo de preparação para o novo regulamento técnico de 2026.
O sistema de ATR (Aerodynamic Testing Restrictions), foi implementado em 2021 e determina a quantidade de horas que cada equipe pode utilizar o túnel de vento e realizar simulações computacionais (CFD). As cotas são distribuídas de forma proporcional ao desempenho no campeonato: quanto melhor a posição, menor o tempo disponível para desenvolvimento aerodinâmico.
Com a atualização do sistema, a Alpine foi a maior beneficiada. Após cair da sexta colocação em 2024 para a última posição na atual temporada, a equipe francesa viu sua cota saltar de 95% para 115% da base permitida, a maior entre todas as equipes. Já a Aston Martin, mesmo com sinais de recuperação recentes, ainda era apenas a oitava colocada na data de corte e subiu de 90% para 105%.

Do lado oposto, a Williams foi quem mais perdeu espaço. Graças a um primeiro semestre acima das expectativas, que a colocou na quinta posição do campeonato, depois do P9 no encerramento da temporada 2024, a equipe de Grove teve sua margem reduzida de 110% para 90%. “É claro que isso limita o tempo de túnel de vento disponível. Mas acredito que podemos manter a eficiência do desenvolvimento”, comentou James Vowles, chefe da equipe britânica.
Entre os principais times, a Mercedes registrou a maior mudança. Com a vice-liderança na data estipulada, sua cota caiu de 80% para 75%. A McLaren, que é atual campeã entre os construtores e lidera o campeonato atual, ficou com o menor ATR que é permitido pelos regulamentos: 70%.
A nova tabela reflete a tentativa da F1 em promover maior competitividade e alinhar os investimentos das equipes com os objetivos de longo prazo da categoria, especialmente diante das mudanças previstas para a próxima era técnica de regulamentos a partir de 2026.