A Mercedes vai realizar uma análise minuciosa no carro de George Russell antes do GP de Mônaco de Fórmula 1, após o piloto relatar um comportamento anormal no W16 durante o fim de semana em Ímola. O britânico descreveu sua corrida como ‘absolutamente terrível’, marcando seu pior desempenho na temporada até agora.
Russell largou da segunda fila, mas terminou apenas na sétima posição, depois de enfrentar dificuldades com a estabilidade do carro desde a volta de apresentação. O piloto disse que quase perdeu o controle antes mesmo da largada e que o problema persistiu ao longo das 63 voltas do GP da Emília-Romanha.
“Para mim, a corrida foi nota 1 de 10, e isso sendo generoso. Foi absolutamente terrível do começo ao fim”, afirmou Russell à DAZN Espanha. “Tive uma boa largada, talvez os primeiros 200 metros tenham sido a melhor parte da corrida, mas depois fomos terrivelmente lentos. Foi a corrida que menos gostei em muito tempo.”
O diretor de engenharia de pista da Mercedes, Andrew Shovlin, confirmou que a equipe fará uma inspeção completa no carro em Mônaco. “Ele mencionou um problema já na ida para o grid. Não é sempre fácil avaliar o equilíbrio nessa situação, mas os pilotos normalmente são confiáveis ao relatar o que sentem”, disse ele.
Shovlin afirmou que, apesar de não terem encontrado nenhuma falha visível no momento, algo claramente afetou o desempenho de Russell. “Tivemos tempo apenas para remover a carenagem e fazer uma verificação rápida. Não havia nada óbvio. O carro estava normal após a sessão de classificação e não fizemos mudanças significativas à noite. Mas havia algo que ele estava sentindo, e isso continuou durante a corrida.”
A equipe agora pretende inspecionar todas as peças do carro em busca de danos estruturais ou falhas sutis que possam ter escapado às análises iniciais. “Vamos escanear tudo o que for necessário, verificar se há alguma delaminação ou se algo está fora do lugar. Precisamos garantir que qualquer problema seja resolvido antes do fim de semana em Mônaco”, acrescentou Shovlin.
Russell, que vinha de uma sequência consistente de resultados entre os cinco primeiros nas primeiras seis etapas da temporada, acredita que o episódio serve como alerta. “Cada equipe passa por isso em algum momento. A Red Bull terminou em sexto e sétimo no Bahrein, hoje (domingo) foi a nossa vez. Não é onde queremos estar, mas é a realidade.”
“Parecia que a traseira do carro se movia sozinha. Você vira a dianteira e sente como se algo estivesse quebrado atrás, balançando como um empilhadeira, e isso não é o que você quer em uma pista como essa. Precisamos descobrir o que houve”, concluiu o piloto britânico.
O F1MANIA.NET acompanha o GP de Mônaco ‘in loco’ com o jornalista Rodrigo França.