A Fórmula 1 segue movimentando as finanças, mas não apenas nas pistas. O ranking anual do jornal The Sunday Times revelou dois grandes destaques ligados ao automobilismo: a Liberty Media, dona dos direitos comerciais da F1, manteve o posto de império esportivo mais valioso do mundo, enquanto o ex-chefe da categoria, Bernie Ecclestone, surpreendeu ao se tornar o segundo maior contribuinte do Reino Unido após resolver um caso de fraude fiscal em que estava envolvido.
Com um valor estimado em US$ 18,22 bilhões, mesmo após a venda do time de baseball Atlanta Braves, a Liberty Media segue reinando absoluta. A empresa americana demonstra a força da Fórmula 1 como negócio global, atraindo investimentos para a categoria.
No entanto, o grande destaque pessoal do ranking ficou por conta de Bernie Ecclestone. O controverso ex-dirigente da F1, alvo de diversas polêmicas durante o seu longo reinado, surpreendeu ao ocupar a segunda posição entre os maiores contribuintes do Reino Unido em 2023.
Em 2023, Ecclestone resolveu um processo de fraude fiscal relacionado a um fundo fiduciário de Singapura. Para encerrar o caso, o ex-chefe da F1 desembolsou US$ 834 milhões em impostos para o governo britânico.
De acordo com Robert Watts, responsável pela compilação do ranking, o pagamento feito por Ecclestone, foi uma vitória pontual para as finanças públicas britânicas. Sem esse pagamento, a receita total de impostos deste ano teria sido menor do que a do ano passado.
O caso de Ecclestone chama a atenção pela magnitude do valor pago e serve como um lembrete do poderio financeiro da Fórmula 1, mesmo fora das pistas. A categoria segue atraindo grandes cifras, e mesmo em situações controversas como a de Ecclestone, acaba gerando impacto significativo na economia.