F1: Alonso vê GP de Miami como sinal claro da queda de desempenho da Aston Martin

Fernando Alonso afirmou que o desempenho da Aston Martin no GP de Miami de Fórmula 1, foi o mais claro indicativo de que a equipe enfrenta uma regressão significativa de desempenho. O espanhol, que foi ao pódio no mesmo circuito em 2023, cruzou a linha de chegada como o último dos classificados este ano, em uma corrida marcada por pouca competitividade para a equipe.

“Temos dificuldades pela frente, com certeza, e precisamos encontrar ritmo”, disse Alonso. “Dois anos atrás, estávamos brigando por pódios aqui. Agora estou pilotando em um nível mais alto que naquela época, mas estamos do outro lado do pelotão.”

O bicampeão acredita que, apesar do resultado ruim, a performance da equipe foi ainda pior do que os números indicam. Ele destacou que o nível atual do carro está aquém, mesmo com sua própria evolução como piloto desde que chegou à equipe britânica.

Alonso negou que o GP de Miami tenha sido especialmente doloroso em comparação com outras etapas do ano. “Acho que os finais de semana têm sido bem parecidos, para ser honesto. Temos sempre desafios. Às vezes conseguimos uma sessão de classificação melhor que o esperado, mas depois ficamos presos em trens de DRS, temos contatos, erros… e acabamos em posições como P11 no Japão”, disse ele.

No entanto, o espanhol foi direto ao apontar que a equipe desperdiçou chances importantes de pontuar em corridas caóticas. “Já tivemos três oportunidades este ano: Austrália, China e agora na Sprint em Miami. Na Austrália, cometi um erro. Na China, os freios pegaram fogo na primeira volta. E ontem (sábado em Miami), a pista estava para pneus de seco e mantivemos os intermediários por tempo demais.”

Segundo ele, a atual fase da equipe exige capitalizar em situações incomuns. “Talvez tenhamos mais uma ou duas chances assim no ano. Esperamos não desperdiçá-las”, acrescentou.

Questionado sobre possíveis melhorias no carro, Alonso evitou fazer promessas. “Estou dando meu melhor. Essa é uma pergunta para nossos gestores. Eles sabem o que está no pipeline, trabalham duro, e nós os apoiamos. Mas não estamos no loop técnico toda semana”, finalizou o piloto espanhol.