F1: Albon fala sobre companheiros terem dificuldades ao lado de Verstappen na Red Bull

Alex Albon ofereceu uma análise direta sobre o motivo pelo qual tantos pilotos na Fórmula 1 têm dificuldades em acompanhar Max Verstappen na Red Bull Racing, sugerindo que a diferença entre os carros da equipe principal e da Racing Bulls pode ser mais significativa do que se imagina.

Desde a saída de Daniel Ricciardo, em 2018, diversos nomes passaram pela vaga de companheiro de Verstappen, incluindo Pierre Gasly, o próprio Albon, Sergio Perez, Liam Lawson e, mais recentemente, Yuki Tsunoda. Todos enfrentaram dificuldades em alcançar o nível de desempenho do holandês, transformando a Red Bull, na prática, em uma equipe de um carro só.

Albon, que subiu da equipe júnior Toro Rosso (atual Racing Bulls) em 2019 e permaneceu até o fim de 2020, compartilhou sua perspectiva sobre os desafios enfrentados por quem tenta dividir o box com Verstappen. “Acho que os carros estão no limite, e Max consegue lidar com isso”, disse o atual piloto da Williams. “Eu, com a experiência que tenho hoje, talvez conseguiria contornar melhor, mas não é algo natural para a maioria dos pilotos.”

Segundo ele, a diferença entre os dois carros das equipes da organização é marcante: “O carro da Racing Bulls é bastante tolerante, bem equilibrado e estável, o que dá muita confiança. Naturalmente, ele se desenvolveu assim porque sempre colocam novatos lá. Já o Red Bull é quase o extremo oposto”, afirmou.

Max Verstappen
Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool

Essa transição brusca pode ser um dos principais obstáculos para os pilotos promovidos internamente: “Você passa de um dos carros mais tolerantes para um dos mais difíceis, e precisa se adaptar bastante. Entender o carro, os pneus, a engenharia e até seu próprio estilo de pilotagem é fundamental”, acrescentou.

Albon destacou ainda que, além da exigência técnica, existe o fator psicológico: “Está claro que o Max gosta do carro do jeito que ele é, e extrai o máximo disso. Mas também tem a questão de lidar com o papel de ser o número dois. Não é fácil para um piloto jovem”, encerrou Albon.

Essa reflexão de Albon ecoa o cenário que a Red Bull vive há anos, um carro moldado ao estilo de Verstappen e um ambiente desafiador para quem tenta se adaptar e competir em condições semelhantes.

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