A Williams mostrou sinais de evolução no GP da Austrália de Fórmula 1, com Alex Albon garantindo um sólido sexto lugar no grid de largada, enquanto Carlos Sainz classificou-se em décimo em sua estreia pela equipe britânica. O desempenho reforça a ideia de que a Williams pode ser uma das protagonistas da disputa no pelotão intermediário nesta temporada.
Após um desempenho animador nos testes de pré-temporada no Bahrein, a equipe demonstrou que realmente deu um passo à frente em comparação com o ano passado. Satisfeito com sua performance na qualificação, Albon destacou o avanço da Williams e celebrou o resultado obtido em Albert Park. “Estou muito feliz com minha volta, consegui extrair praticamente tudo do carro”, afirmou o tailandês. “Esses pneus são super sensíveis e o setor 3 foi, no começo, uma verdadeira loteria. Foi difícil entender por que o pneu reagia de um jeito ou de outro. Mas na última tentativa do dia, finalmente encaixei a volta e consegui esse tempo.”
Para Albon, a Williams não apenas melhorou o desempenho do carro, mas também refinou sua abordagem para as corridas. “Sinto que demos um passo enorme, não só em termos de performance, mas também em relação a peso, peças e todos os outros aspectos. Parece que encaramos este fim de semana de forma bem diferente dos últimos meses.” Quando questionado se a boa forma da equipe no Bahrein se confirmou na Austrália, o piloto de 28 anos reconheceu que sim, mas destacou que a batalha no pelotão intermediário será intensa ao longo do ano. “Acho que sim, e isso também valida o quão apertado está o grid. Alpine, Racing Bulls… qualquer um de nós poderia ter classificado em P5 com as condições certas. A disputa será um verdadeiro cão de briga, e estamos nos aproximando das equipes de ponta. Vai ser uma temporada muito interessante, está tudo em jogo.”
Companheiro de equipe de Albon, Carlos Sainz admitiu que ainda está se ajustando ao FW47. O espanhol, que chegou à equipe vindo da Ferrari, revelou após os testes no Bahrein que ainda se sentia “um pouco perdido” ao volante do novo carro. Mesmo avançando ao Q3 e garantindo a décima posição no grid, Sainz reiterou que ainda não encontrou o equilíbrio ideal e precisa de mais tempo para se adaptar completamente ao equipamento. “Primeiramente, muito feliz pela equipe, pelo Alex e também por mim, por chegar ao Q3 na minha primeira classificação com a Williams”, disse o espanhol. “Se há três meses alguém dissesse que teríamos um carro em P6 e o outro em P10, teríamos aceitado sem hesitação. Então, parabéns a todos os envolvidos.”
No entanto, o bicampeão do GP de Singapura confessou que teve dificuldades ao longo da qualificação e que ainda precisa entender melhor o comportamento do carro, especialmente com os pneus macios. “Desde TL2 e TL3, venho lutando para encontrar onde ganhar tempo de volta, seja no aquecimento dos pneus ou no ajuste do carro. Sempre estive um passo atrás, reagindo às circunstâncias em vez de antecipá-las. E, em um grid tão apertado, isso cobra um preço. Hoje, paguei esse preço no Q3.”
Apesar do resultado sólido, Sainz acredita que é apenas uma questão de tempo até que ele consiga extrair o máximo do carro. “É completamente normal esse período de adaptação. Mas, em breve, vou encaixar algumas boas voltas e, aí sim, mal posso esperar para o que está por vir.”
Com ambos os carros avançando ao Q3, a Williams reforça seu potencial como uma das forças do meio do grid em 2025 e pode surpreender na corrida em Albert Park. O GP da Austrália acontece neste domingo (16), às 1h da madrugada no horário de Brasília (GMT -3), com cobertura AO VIVO e em TEMPO REAL do F1MANIA.NET.
O F1MANIA.NET acompanha o GP da Austrália ‘in loco’ com o jornalista Rodrigo França.
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