Com calor recorde, Medley usou pneus velhos

Começou quente, muito quente, a 8ª etapa da Stock Car – última da fase seletiva que definirá os 10 pilotos que decidirão o título nas últimas quatro provas. Com temperatura ambiente recorde do ano de 39 graus no início da tarde, Nonô Figueiredo (Officer Pamplona’s) estabeleceu a volta mais rápida das duas sessões desta quinta-feira no Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Londrona (PR). Já garantidos nos playoffs, o líder Marcos Gomes, o vice Ricardo Maurício e o vencedor da Corrida do 1 Milhão de Dólares, Valdeno Brito, treinaram apenas com pneus bem gastos e passaram distante do topo da folha de tempos.

“Fizemos uma série de experiências, sem qualquer preocupação com os tempos. Só no finalzinho é que coloquei um jogo um pouco melhor”, explicou Gomes, que briga com o companheiro Maurício pelo direito de entrar na fase final na primeira colocação e hoje terminou em 14º. Maurício também minimizou os resultados do dia. “Andei com pneus de mais de meia vida. Muita gente aí na frente queimou até pneus zero”, observou Maurício, antes de completar. “O que vale mesmo é amanhã, quando todos estiverem nas mesmas condições nos treinos classificatórios”, lembrou, indiferente ao 31º lugar do primeiro dia de ensaios.

O paraibano Valdeno Brito continua sentindo a repercussão da premiação inédita que conquistou há duas semanas no Rio de Janeiro. Foi acompanhado pela imprensa desde a chegada aos boxes da Equipe Medley e almoçou com a ganhadora de uma promoção de um jornal local no motor-home da organização da categoria. “É legal sentir o carinho dessas pessoas, mas agora o foco é fazer um bom resultado aqui e depois brigar pelo título. A tendência é que o assédio diminua daqui para frente”, comentou o “Expresso da Paraíba”, 17º no agregado dos testes.

O asfalto “ferveu” em Londrina e atingiu 47 graus, de acordo com a medição dos técnicos da Medley. No pico da temperatura, os pneus traseiros alcançaram 105 graus. A meteorologia, no entanto, anuncia para amanhã uma mudança de tempo que o vento que soprou a partir do meio da tarde parece antecipar. Sábado, a prova deverá ser realizada debaixo de chuva e o índice de precipitações esperado na região é de 25 milímetros.

Amanhã, os 34 carros entram na pista para o qualifying, a partir das 11 horas. Depois de 30 minutos, apenas os 15 melhores voltarão para a segunda parte. Em seguida, os seis melhores classificados disputarão a pole pelo sistema de minicorridas de duas voltas – 3º x 4º, 2º x 5º e 1º x 6º. “Largar na pole aqui é 70% da vitória”, avisou Thiago Meneghel, engenheiro de Ricardo Maurício, avaliando os 3.145 metros do circuito do norte paranaense, sinuoso e com acanhadas ou inexistentes áreas de escape. As cinco vagas restantes aos playoffs – Thiago Camilo e o bicampeão Cacá Bueno também já carimbaram o passaporte às superfinais – estão sendo cobiçadas por 15 pilotos.



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