A quinta etapa da temporada 2005 da Stock Car V8, no Autódromo Internacional de Curitiba, no Paraná, contou com um adendo aerodinâmico nos carros da maior categoria do automobilismo brasileiro. Por causa do alto grau de competitividade da stock car, os organizadores resolveram disponibilizar o uso de um ‘defletor’ na parte superior do carro. A idéia era que esse dispositivo aumentasse o vácuo durante a corrida, facilitando assim as ultrapassagens. Nono colocado na prova, o piloto Thiago Marques, da Petrobras-Action Power não viu utilidade na peça.
“A idéia de aperfeiçoar os carros e trazer ainda mais espetáculo para o público é muito legal, mas em Curitiba o defletor não fez diferença”, disse o piloto paranaense, que ainda comentou sobre as velocidades dos carros. “Os autódromos no Brasil não contam com retas longas, como acontece nos Estados Unidos. Lá o defletor funciona por causa das retas e, sem contar que, os carros andam o tempo todo próximos dos 300 km/h. Em Curitiba, temos uma das retas mais longas do Brasil, e ainda assim não adiantou”, completou.
Além de não conseguir melhorar o espetáculo proporcionando mais ultrapassaens, o defletor ainda trouxe problemas para os pilotos da Chevrolet. “O apêndice aerodinâmico anulou completamente o efeito da asa traseira do Astra. Os Mitsubishi também foram afetados, mas bem menos do que nós”, explica Marques.
A próxima etapa do Campeonato Brasileiro da Stock Car V8 será no dia 28 de agosto, no Autódromo Ayrton Senna, em Londrina. A pista de 3.145 metros conta com duas retas relativamente pequenas e é um circuito bastante travado. “Vamos ver como o carro vai ser comportar na pista, mas acredito que novamente não vai causar o efeito esperado”, completou Marques, que no ano passado terminou uma das corridas em Londrina na quarta posição.